Maricá: Com mais de 38 mil doses aplicadas, vacinação segue suspensa
A vacinação em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, precisou ser suspensa pela prefeitura devido à falta de doses das vacinas contra a Covid-19. De acordo com a Secretaria de Saúde, o número de doses enviadas é menor do que o município precisa, já que os dados do Ministério da Saúde estão desatualizados e já há mais idosos do que se tem no registro.
Desde o dia 19 de janeiro, Maricá aplicou mis de 38 mil doses, contanto a primeira e segunda dose em idosos, trabalhadores da saúde, indígenas e trabalhadores da segurança. No cálculo da Secretaria de Saúde, cerca de 94% dos profissionais de saúde foram vacinados e a diferença para a totalidade se deve justamente a aqueles que por atuarem fora receberam a vacinação nesses locais.
Por conta da divergência de dimensionamento por parte do Ministério da Saúde e da Secretaria Estadual de Saúde (que usam dados demográficos defasados do IBGE), Maricá vem recebendo desde janeiro uma quantidade menor de vacinas do que precisa. Este fato fica evidente quando se compara o dimensionamento dos grupos de idosos das faixas etárias abaixo de 75 anos de idade: Maricá tem 22.232 cadastrados e o MS aponta 12.559 idosos, faltando vacinas para 43,6% desse grupo prioritário. Quando analisada a faixa de 60 a 65 anos, são 8.976 idosos cadastrados pelo município, para 4.280 dimensionados pelo MS.
Sputnik V
O município de Maricá entrou na justiça para que possa importar a vacina Spunik V, desenvolvida na Rússia. A Anvisa negou o pedido de Maricá, que entrou na justiça usando como prerrogativa a liberação do STF dada ao Estado do Maranhão. A Anvisa ainda avalia o pedido de uso emergencial do imunizante russo, que demonstrou em estudos publicados ter uma eficácia de 97.6%, mas a agência ainda cobra documentos que comprovem essa eficácia e a segurança da vacina.
Vale destacar que Maricá havia firmado um contrato para a compra da vacina Sputnik V suficiente para vacinar toda a sua população.