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Maricá remove carcaça de baleia Jubarte em Ponta Negra

Um dia depois de Itaipuaçu, foi a vez de Ponta Negra ter uma baleia jubarte morta em suas areias nesta quinta-feira (24/06). O animal, um filhote com cerca de 8 metros de comprimento, foi encontrado nas primeiras horas da manhã em frente aos quiosques do calçadão da praia. A retirada foi feita por uma retroescavadeira e um caminhão autarquia de Serviços e Obras de Maricá (Somar). De acordo com a Secretaria de Cidade Sustentável de Maricá, os restos do mamífero foram levados para o Centro de Tratamento de Resíduos do Anaia, em São Gonçalo.

De acordo com o subsecretário de Cidade Sustentável, Guilherme Mota, parte de sua carcaça deve ir para um dos Ecomuseus da cidade, no Espraiado ou no Silvado. “O animal que acompanhamos em Itaipuaçu está sob os cuidados do AquaRio, para realização de pesquisas. Está de hoje, queremos reaproveitar para expor em uma dessas unidades”, adiantou.

Antes da retirada da areia, uma equipe de biólogos do Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (MAQUA) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) realizou uma coleta de material para autópsia.

Segundo Rafael Carvalho, um dos membros da equipe, há a possibilidade de ambas as baleias pertencerem ao mesmo grupo e até de eventualmente serem irmãs. Entre as causas da morte, a que é considerada mais provável pelos pesquisadores é a de terem morrido por inanição ao se afastarem de onde estavam suas mães e, com isso, ficarem sem comida – e não conseguem se alimentar por conta própria. O afastamento dos filhotes é considerado natural e pode ocorrer por diversos fatores, inclusive uma rejeição por parte da mãe no período fértil.

“São milhares de baleias Jubarte fazendo essa migração dos mares do sul para a região entre o norte do Espírito Santo e o sul da Bahia, no período entre maio e novembro. Todo ano acompanhamos essa movimentação e aguardamos esses possíveis encalhes na orla. Como ainda estamos no meio desse período, pode ser que apareçam mais casos assim em outros pontos desse caminho”, explicou o biólogo.

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