Maricá: Descaso na educação pública é evidenciado por falta de profissionais
Não é de hoje que a educação de Maricá sofre com a falta de gestão. Numa das cidades que mais cresce no Estado do Rio, há uma alta demanda por matrículas na rede pública de ensino, que cresce a cada ano.
Mas o problema de gestão na Secretaria de Educação impede que crianças que foram matriculadas no ensino integral consigam estudar durante o dia inteiro nas escolas da rede. Durante dois anos de aulas remotas, a Secretaria de Educação não se planejou para o retorno presencial com a alta demanda de matrículas na rede, havendo até fila de espera.
Hoje, diversas escolas não estão atendendo as crianças em ensino integral, prejudicando pais que precisam trabalhar e não tem com quem deixar seus filhos. Um grupo de mães chegou a fazer um protesto em frente à sede da Secretaria de Educação e foram recebidas pela secretária Adriana Costa.
Segundo informações repassadas pelas mães, a Secretária informou que há previsão de construção de 10 novas escolas ainda em 2022 (que poderiam ter começado em 2020 durante a pandemia e já estarem prontas). Ainda de acordo com as mães, apenas sete escolas ainda não estão em ensino integral, sendo estas: Estrelinhas do Amanhã; Pinguinhos; Marilza Medina; Haroldo Santini; São Bento da Lagoa; Levi Ribeiro; Sidnéia e o 7º ano do Zilca Lopes.
A maior deficiência é a falta de profissionais de apoio e de professores, que estão sofrendo com a alta demanda e poucos recursos. Há professoras ficando sozinhas com mais de 8 crianças nas salas, principalmente nos anos do maternal.
Enquanto não há salas suficientes, as crianças e adolescentes estão sendo alocadas em módulos habitacionais (containers), em que a prefeitura de Maricá paga um aluguel mensal.
Fato é que não houve um planejamento adequado para que, em dois anos, a situação não chegasse ao ponto que chegou, com milhares de crianças sem vagas nas escolas municipais e com salas de aula sem condições de comportar os alunos.
Atualmente, a prefeitura de Maricá tenta arrumar uma forma de contratar profissionais de apoio, como mediadores e oficineiros, mas não deverá exigir que estes tenham formação pedagógica como deveriam.