Para onde caminha o futuro político de Maricá?
Com um cenário favorável ao governo municipal, muita gente se questiona sobre a sucessão do atual prefeito Fabiano Horta e para onde caminha o futuro político de Maricá. As possibilidades são infinitas, mas a probabilidade de continuar com a sucessão de algum indicado do atual prefeito é grande, basta analisarmos o cenário.
Com pouquíssima oposição, Horta tem alta aprovação do governo e seu ‘indicado’ para sua sucessão tem grandes chances de ser eleito. O candidato com a segunda maior votação em 2020, Ciro Fontoura, teve apenas 5,98% dos votos e precisará fortalecer muito a sua imagem política para conseguir ter chances de conquistar a prefeitura. E ainda na oposição, Ricardinho Netuno é o único vereador que se diz oposicionista.
Mas dentro do próprio governo há divisão. A mais clara atualmente é a entre o ex-prefeito Quaquá, que ficou por 8 anos na prefeitura e o ex-presidente da Somar e atual pré-candidato a Deputado Estadual Renato Machado.
Quaquá é um político experiente, passando por várias eleições, enquanto Renato disputará o seu primeiro pleito em 2022. O resultado das eleições deste ano – pelo menos dentro de Maricá – poderá impulsionar o nome de um ou do outro como favorito à disputa da sucessão.
Por um lado Quaquá tem sua rejeição por ter feito muitos desafetos políticos, por outro é considerado experiente e articulador. Já Renato Machado fala a língua do povo e foi, durante 6 anos da atual gestão do prefeito Fabiano Horta, a cara do governo e das obras por toda cidade.
Entre a ‘cruz e a espada’, Fabiano Horta também precisará de muita articulação política para não inflamar ainda mais a divisão interna dentro do governo, já que tanto Renato Machado quanto Rosângela Zeidan deverão concorrer ao cargo de Deputado Estadual nas eleições de outubro. Já Quaquá quer vir, novamente, a Deputado Federal, cargo que disputou em 2018 mas foi impedido pela Lei da Ficha Limpa de assumir o mandato.
Atualmente, há espaço para dois deputados estaduais eleitos pela cidade, mas a divisão de votos poderia evidenciar uma queda de braço dentro do governo, o que já é nítido antes mesmo das eleições de outubro deste ano.
Com desafetos antigos longe da vida em Maricá, como Marcelo Delaroli (atual prefeito de Itaboraí), o PT domina a política no município que recebe bilhões em recursos dos royalties e proporciona políticas sociais que são referências para outras cidades, como o transporte tarifa zero, o Renda Básica da Cidadania, Passaporte Universitário, entre outros.
Para onde caminha o futuro político de Maricá? Só o futuro e o resultado das urnas poderão dizer, mas é bem provável que continue com o mesmo grupo que governa Maricá há mais de uma década, ou pelo menos, parte desse grupo.