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Maricá: Escolas públicas vão receber projeto para cultivar hortaliças e tilápias

A Prefeitura de Maricá, por meio da Biotec Maricá, vinculada à Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), vai produzir tilápia e hortaliças em escolas públicas do município a partir do primeiro semestre de 2023, com o objetivo de potencializar a merenda escolar e gerar renda para as famílias. A meta inicial da iniciativa denominada “Aquaponia nas Escolas”, parceria com a Secretaria de Educação, é produzir mil quilos de tilápias e sete mil pés de alface hidropônicos por mês, que serão usados na merenda escolar.

O presidente da Biotec, Eduardo Britto, explica que a subsidiária da Codemar vai fornecer todo o suporte para que as escolas desenvolvam seus próprios planos de cultivo, desde a formação dos participantes até o acompanhamento e monitoramento da política pública como parte da alimentação escolar. Brito adiantou que pais dos alunos de famílias em vulnerabilidade social vão atuar profissionalmente na produção, após passarem por um programa de capacitação.

“Trazer os pais dos alunos para dentro da escola de uma forma qualificada, fornecendo a possibilidade de uma formação técnica, para depois utilizar isso na geração de renda, faz parte das diretrizes do projeto. Os alunos também vão ter uma formação em ecologia, porque esse projeto tem todo um parâmetro e está adequado às normas ecológicas e orgânicas”, afirmou.

Dez tanques vão produzir cinco toneladas de peixe

Serão instalados dez tanques que irão produzir, em dois anos, cinco toneladas de peixe e colocadas 12 prateleiras para hortaliças hidropônicas, que tem como característica a não utilização do solo. A técnica da Aquaponia é a junção de dois sistemas: aquicultura tradicional de criação de peixes associada à hidroponia, que é o cultivo de alimentos na água com nutrientes dos peixes.

A diretora de Sustentabilidade da Biotec, Savana Carneiro, explicou que a produção dos peixes e vegetais se complementam. “Dentro deste sistema conseguimos criar o peixe e fazer recircular a água para poder servir de nutrientes para as plantas e, ao mesmo tempo, conseguimos filtrar essa mesma água e recircular de volta ao criatório. Aproveitamos o melhor dos dois sistemas”, disse.

Pelo sistema projetado, a primeira despesca acontecerá seis meses depois do início da criação. Após este período, será realizada mensalmente. Já no caso das hortaliças, é necessário esperar apenas um mês para a primeira colheita, que depois será feita semanalmente.

Projeto piloto será na Escola Municipal Marisa Letícia Lula da Silva, em Inoã

O projeto piloto será implantado na Escola Municipal Marisa Letícia Lula da Silva, em Inoã, que conta com 840 alunos matriculados em turmas do 1º ao 7º ano. Para a secretária municipal de Educação, Adriana Costa, o projeto consolida a inclusão da família no sistema escolar. “Estou emocionada com este projeto que vai auxiliar na geração de renda das famílias que precisam, pensando numa perspectiva de melhoria na qualidade de vida e de segurança alimentar. Também será possível que essas famílias possam gerir um sistema próprio, em suas casas, caso queiram. Com certeza este é um projeto que vamos querer replicar para todas as nossas 65 unidades escolares”, afirmou.

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