Pastor é preso por falso testemunho em investigação sobre morte de jornalista em Maricá
Agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí (DHNSGI) prenderam um pastor em flagrante, nesta quinta-feira (20), por crime de falso testemunho na apuração da morte do empresário e jornalista, Robson Ferreira Giorno, assassinado em maio de 2019, em Maricá.
De acordo com a Polícia Civil, o falso testemunho do pastor ficou evidente após comparação entre as declarações prestadas na base da delegacia e uma petição protocolada em janeiro deste ano. Depois da prisão, Davi ficou detido na sede da DH De lá, será encaminhado ao sistema prisional e passará por audiência de custódia.
Robson Giorno, que era dono do jornal O Maricá (JOM) e pré-candidato à prefeitura do município pelo partido Avante, foi assassinado com três tiros, aos 45 anos. A vítima havia adquirido um carro blindado pouco tempo antes de ser morto, mas a execução foi planejada de forma que ele estivesse fora do veículo no momento do crime.
O crime ocorreu no número 500 da Avenida Prefeito Ivan Mundin, via que corta os bairros Eldorado e Araçatiba, e os tiros foram desferidos por um homem encapuzado que estava dentro de um carro de cor prata.
A vítima era conhecida na cidade, e usava o veículo de comunicação para disparar críticas. Além disso, tinha desavenças com políticos de diversos partidos. Em 2015, chegou a registrar uma queixa na 82ª DP (Maricá), em que acusava o ex-prefeito da cidade, Washington Quaquá, de ameaçá-lo com mensagens de texto. Na época, Quaquá negou a acusação e prometeu entrar na Justiça contra Giorno.
Segundo a polícia, Maricá teve, no mínimo, cinco crimes de homicídio com grande repercussão, em 2019. Além da morte de Giorno, morreram também Sidney da Silva, irmão do empresário Luciano da Silva Cardoso; o jornalista Romário; e o vereador Ismael e seu filho, Thiago.