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Maricá inicia capacitação da equipe para Jornada de Alfabetização

Professores e coordenadores serão treinados até quinta-feira (12/01) para o programa ‘Sim, Eu Posso’

A Prefeitura de Maricá iniciou nesta terça-feira (10/1) a capacitação dos 180 educadores e 28 coordenadores do programa ‘Sim, Eu Posso’, cujo objetivo é erradicar o analfabetismo no município. A iniciativa é do Instituto de Ciência, Tecnologia e Inovação de Maricá (ICTIM) e da Secretaria de Economia Solidária, que vão atuar em núcleos dos quatro distritos da cidade, utilizando metodologia de ensino que já foi aplicada com sucesso em outras regiões do Brasil e em outros 32 países, alcançando um total de 9 milhões de pessoas. A partir do próximo dia 23/01, as equipes iniciam a Jornada de Alfabetização com aulas em locais próximos das moradias dos educandos e em horários que possibilitem a frequência assídua.

A qualificação dos profissionais vai até esta quinta-feira (12/01) na quadra do Centro Educacional Municipal Joana Benedicta Rangel, no Centro, e o lançamento oficial acontece no dia 20. Nos últimos dois meses, as equipes do projeto se mobilizaram pelas ruas da cidade e fizeram busca ativa de pessoas que ainda não sabiam ler e escrever. Levantamento apontou a existência de mais de duas mil pessoas nesta condição. Os educadores visitaram residências e conversaram com a população nas lojas, igrejas, pontos de ônibus, entre outros espaços.

“Superar o analfabetismo em Maricá é uma prioridade, para que esta parte da população consiga expressar a leitura da realidade por meio da leitura e da escrita”, destaca Celso Pansera, presidente do ICTIM.

Gabriela Melo, que integra a coordenação pedagógica do projeto, explicou que o método criado em Cuba trabalha a partir do que é conhecido pelo aluno, começando pelos números para chegar às letras.

“Por mais que a pessoa não seja letrada, ela lida, por exemplo, com dinheiro e assim conhece os números, e é daí que parte a metodologia. Aqui esse grupo vai aprender como aplicar esse método para se tornar mobilizador do projeto”, explicou Gabriela.

Educadores esperam transformar vidas

A educadora Yamim Lobo, de 22 anos, vai aplicar as aulas na região de Inoã, onde mora. “Os mais animados são os idosos, porque entendem que isso pode melhorar a vida deles”, relatou ela, ao lado do colega Henrique Teixeira, que vai atuar em Itaipuaçu. “O bairro cresceu muito e a demanda de quem veio de fora também aumentou. Tem muita gente vinda do Nordeste, que tem o analfabetismo como uma coisa geracional, de família mesmo, e vamos procurar modificar essa realidade”, afirmou o jovem de 24 anos.

Para outros educadores, a expectativa é de transformar a vida de quem vai aprender através deles. “Tomara que as pessoas estejam de coração aberto, porque há muitos que têm vergonha, mas percebi que ficou muito feliz com essa oportunidade, principalmente os de mais idade”, avaliou Bárbara Shombay, de 29 anos, do núcleo de Jaconé.

No ‘Minha Casa, Minha Vida’ de Itaipuaçu, Brise Beraldo, 40 anos, conta que tem gente ansiosa para começar logo. “Tem uma senhora de 80 anos que quer aprender para poder ler a Bíblia. São coisas básicas que a pessoa vai poder fazer. E saber que eu vou ser um agente transformador, luz e bênção para essas pessoas dá um sentido enorme para a minha vida. Estou muito animada”, garantiu.

Programa ‘Sim, Eu Posso’

O “Sim, Eu Posso!” é um método de alfabetização criado pelo Instituto de Pesquisa Latino-Americano e Caribenho (IPLAC), que contempla as condições de vida das pessoas para alcançar a meta de erradicar o analfabetismo. No Brasil, mais de 100 mil pessoas têm sido alfabetizadas com este método, de acordo com acompanhamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Se você conhece alguém que ainda não sabe ler e escrever, basta fazer contato com o número (21) 99932-8202.

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