Denúncia de intolerância religiosa é desmentida pela Prefeitura de Maricá
Uma moradora de Maricá acusou a Escola Municipal Marquês de Maricá, localizada na Rua 83 em Itaipuaçu, de negar a matrícula de sua filha de 9 anos por motivos de intolerância religiosa. A negativa ocorreu porque a mãe e a criança estavam vestindo roupas e adereços relacionados à religião de matriz africana.
A razão do impedimento da matrícula foi o descumprimento da religião da família. A mãe da criança tinha toda a documentação necessária e o direito à vaga garantido por lei, no entanto, a menina não pôde ser matriculada na escola pública.
O vice-prefeito de Maricá, Diego Zeidan, condenou o ocorrido em suas redes sociais, afirmando que é contra qualquer tipo de discriminação.
“É um absurdo isso ter acontecido em nossa cidade. Gostaria que a mãe entrasse em contato comigo para que eu pudesse escutar melhor sobre o acontecido e que víssemos a melhor forma de resolver a situação. Esse tipo de atitude é inaceitável em uma cidade inclusiva e progressista como Maricá”, expressou.
De acordo com a Prefeitura de Maricá, o motivo da negativa de matrícula na Escola Municipal Marquês de Maricá não foi relacionado a questões religiosas, como foi alegado. A mãe da criança teria querido matricular a filha em uma série diferente da indicada na documentação apresentada, além de não ter levado a declaração escolar da criança e o comprovante de residência de Maricá, que são documentos obrigatórios para a matrícula.
A direção da escola solicitou mais informações para comprovar a regressão de série relatada pela mãe, para que a matrícula pudesse ser efetuada no 2º ano, conforme solicitado. A Prefeitura de Maricá orientou a mãe para solicitar o histórico escolar da criança na escola anterior, o que ainda não foi feito.
Em resumo, a negativa da matrícula na Escola Municipal Marquês de Maricá foi devido a falta de documentação e não por motivos religiosos, como foi alegado.
De acordo com a administração municipal de Maricá, a vaga da criança está garantida e sua mãe tem 30 dias para apresentar todos os documentos necessários. Caso isso não ocorra, é prática comum na rede pública de Maricá fazer um teste de avaliação para determinar a série adequada à criança, levando em consideração seu nível de aprendizado.
A Prefeitura de Maricá esclarece que a questão da religião da família não foi mencionada e, mais uma vez, enfatiza sua defesa da pluralidade de religiões e condena qualquer forma de intolerância religiosa em qualquer instituição pública, especialmente nas escolas, onde o aprendizado sobre a diversidade e pluralidade do mundo é fundamental.