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Maricá promove aula de surf inclusivo em Ponta Negra

O evento marcou o encontro de 60 alunos do curso FIC de Libras, com outros 80 de surf, sendo três surdos

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Políticas inclusivas, realizou neste sábado (04/03) uma aula de Surf Inclusivo na Praia de Ponta Negra. O evento contou com a participação de 140 alunos, sendo 60 do curso FIC de Libras e 80 de surf, entre eles, três surdos.

Durante a aula, que foi ministrada por instrutores capacitados do Instituto Escolinha de Surf e Bodyboard, parceiro do Centro de Referência em Políticas Inclusivas (CRPI), os alunos do curso de Libras aprenderam um pouco sobre o surf e a interagir com pessoas surdas.

Além de destacar a importância de propagar a língua brasileira de sinais, a atividade buscou comemorar o alcance das 80 horas de curso ministradas – equivalentes à metade da carga horária total – e conscientizar a sociedade sobre a importância da inclusão e da valorização da diversidade, independente de habilidade ou condição física.

Para Matheus de Moraes, 22 anos, morador de Guaratiba e aluno surdo, a experiência foi muito recompensadora. “É bom que todas as pessoas possam aprender libras, para ajudar as crianças e pessoas que têm deficiência. Eu sempre ajudo todas as pessoas porque sei que sofrem muito com essa falta de inclusão”, explicou.

Aluna de surf, Daniela Pires, 39 anos, de Ponta Negra, contou que o marido e seus quatro filhos também fazem parte da escolinha há um ano e dois meses, mas ainda não tinha tido esse tipo de encontro. “Possibilitar a inclusão das pessoas é muito importante, porque o esporte é acessível a todo mundo. Quem quiser, pode participar. Basta só que as pessoas tenham boa vontade para compartilhar o que sabem”, avaliou.

Secretário de Políticas Inclusivas, Clauder Peres falou sobre a emoção de poder proporcionar e vivenciar essa troca de experiências.

“Estar aqui, para mim, está sendo muito importante, porque a gente está quebrando as barreiras atitudinais e a invisibilidade. Isso aqui é laboratório, é embrionário. A gente tem um foco voltado para a inclusão, fazer com que a autonomia desse indivíduo aconteça e que ele consiga realmente encontrar sua independência, o que é a proposta tanto do surf inclusivo quanto das pessoas que estão cursando Libras. É você dar a essas pessoas a possibilidade desse universo diverso e a proximidade de grupos e deficiências com suas especificidades. Essa proximidade é fundamental”, disse Clauder.

Vale destacar que o projeto é uma iniciativa da ONG Contato, gestora do Centro de Referência em Políticas Inclusivas de Maricá (CRPI), em parceria com a Secretaria de Políticas Inclusivas, por meio do termo de colaboração.

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