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Cientistas encontram fontes de hidrogênio natural em Maricá

O 3º Congresso Brasileiro do Hidrogênio teve início nesta segunda-feira (29/05) em Maricá, abordando o tema “Transição Energética, Descarbonização e Reindustrialização”. Durante o evento, foi anunciada a descoberta de fontes de hidrogênio natural na cidade, consideradas as mais elevadas já registradas no Brasil e em outras partes do mundo. A organização do congresso está a cargo da Associação Brasileira do Hidrogênio, em parceria com a Prefeitura de Maricá.

O professor Paulo Emílio Valadão Miranda, presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio, revelou que foram identificados vários locais no Brasil onde a presença de hidrogênio foi detectada. Em Maricá, a origem do hidrogênio está relacionada a uma pequena falha geológica que se estende desde a região central até a área leste do município. Um grupo de cientistas visitou a cidade em 12 de novembro de 2022 para realizar experiências de perfuração do solo, utilizando sensores para medir a presença de hidrogênio. Em abril deste ano, pesquisadores internacionais estiveram na cidade e confirmaram a existência dessas fontes de hidrogênio natural.

“O mirante de Maricá foi o primeiro local que nós aferimos uma quantidade maior de hidrogênio durante a perfuração no solo e fomos surpreendidos pelo fato de exceder a capacidade de medida do equipamento. Identificamos em mais oito lugares que percorremos, o que nos levou a descobrir a existência concreta de hidrogênio natural em Maricá. Os estudos apontaram um intenso fluxo de hidrogênio efetivo nesses locais, e foi confirmado pelos cientistas internacionais. O que é marcante aqui para nós no Brasil é que, além da presença de hidrogênio, há também a presença de hélio, o que mostra que existem outras reações acontecendo no nosso solo”, afirmou o professor.

Segundo o prefeito de Maricá, Fabiano Horta, esse novo recurso pertence ao município e também possui uma dimensão nacional, devendo ser direcionado para o desenvolvimento de matrizes energéticas e tecnologias que construam o futuro do Brasil como nação.

“Essa é uma motivação que gostaria de enxergar. Nós não queremos construir um vanguardismo efêmero que nos envaideça na construção de um arranjo. Nós queremos ajudar a construir pesquisa, ciência, tecnologia, com recursos que nos pertencem, mas também pertencem à nação brasileira e por isso devem ser partilhados nessa busca comum para que a gente alcance o futuro da transição concreta da matriz energética”, disse Horta.

 
 

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