Maricá: Gigogas se espalham pela orla do Marine
A Lagoa de Maricá é a maior lagoa do município, que tem cinco lagoas que formam o complexo lagunar da cidade, que tem uma característica única: os rios nascem na cidade e desaguam por aqui mesmo, nas lagoas.
Mas não só os rios que desaguam nas lagoas do município, que tem, hoje, as lagoas de Maricá; Barra; Padre e Guarapina como principais lagoas, mas também já teve a Lagoa de São Bento e Lagoa Brava, em Itaipuaçu. O esgoto é um dos principais vilões da vida e dos ecossistemas que habitam o complexo lagunar da cidade.
Com o crescimento demográfico acelerado nos últimos anos, as lagoas de Maricá registraram um aumento na mesma proporção no despejamento irregular de esgoto, já que menos de 40% da cidade – concentrado na região central – tem coleta do esgoto. Claro que esse problema vem sendo alvo de investimentos. A Sanemar, companhia de saneamento do município, iniciou obras importantes de esgotamento sanitário em Ponta Negra e Itaipuaçu, também tendo previsão de construir redes de coleta e estações de tratamento em Inoã e São José do Imbassaí.
Enquanto isso, um projeto da Codemar e da UFF chamado de Lagoa Viva, vem tentando ‘revitalizar’ as lagoas com uso de bioinsumos. Em 2021 haviam sido investidos mais de R$16 milhões no projeto que pretende melhorar a qualidade da água. Mas, com o esgoto sendo despejado irregularmente nos diversos rios e canais será como enxugar gelo. Ao mesmo tempo que a prefeitura investe dinheiro no projeto, que coloca os insumos para revitalizar as lagoas, as residências com ligações clandestinas de esgoto continuam despejando os seus resíduos poluentes nos córregos, canais e rios que desaguam nas lagoas.