As obras da refinaria do Complexo Petroquímico do Estado do Rio (Comperj), localizada em Itaboraí, estão sendo reiniciadas após terem sido interrompidas em 2015, devido aos escândalos de corrupção revelados pela Operação Lava Jato. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prattes, assegurou que essa retomada está alinhada com o plano estratégico da empresa, apresentado recentemente, em 24 de novembro, na sede da estatal, no Rio, abarcando o período de 2024 a 2028.
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Claudio Romeo Schlosser, diretor de Refino, Transporte e Comercialização da Petrobras, confirmou que a construção da refinaria, chamada Gaslub, será concluída até 2028, quando se iniciará sua operação. Prattes enfatizou o compromisso da empresa em investir nas refinarias, abandonando a ideia de vendê-las: “Vamos investir nelas”, declarou o presidente.
Schlosser também destacou que a Gaslub produzirá diesel a partir de petróleo e matérias-primas vegetais. Prattes acrescentou que a Gaslub faz parte de um setor de refino que receberá investimentos de R$ 17 bilhões da Petrobras nos próximos quatro anos. Ele afirmou que esse é o maior plano de investimentos de uma empresa brasileira.
As estruturas essenciais para o início das operações da Gaslub, incluindo auxiliares, dutos submarinos e terrestres, já tiveram seus escopos concluídos e estão em fase final de comissionamento ou em pré-operação.
O Projeto Integrado Rota 3, que abrange a UPGN, é de extrema importância para a Petrobras e o Brasil, pois viabilizará o escoamento e processamento de até 21 milhões de m³/dia de gás natural produzido no Polo pré-sal da Bacia de Santos, além de aumentar a oferta de gás natural no mercado brasileiro, reduzindo a dependência das importações de GNL.
Em 26 de outubro do ano passado, a Petrobras assinou um contrato para o fornecimento de água de reúso para a Gaslub, proveniente do tratamento de efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto de São Gonçalo (ETE-São Gonçalo), operada pela Aegea. Esse é o maior projeto de reúso de água em área industrial no Brasil. A previsão é que as obras de adaptação da ETE – São Gonçalo sejam iniciadas pela Aegea no segundo semestre de 2024.
William França, diretor de Processos Industriais e Produtos, explicou que a implantação desse projeto permitirá que os ativos industriais da Gaslub sejam abastecidos por água proveniente do tratamento de esgoto doméstico.
“A implantação do projeto permitirá que os ativos industriais do Gaslub sejam abastecidos por água produzida a partir do esgoto doméstico tratado. Dessa forma, a atividade industrial terá uma fonte inesgotável e sustentável de água”, disse Wiliam França.
A disponibilização da água de reúso para a Gaslub está programada para começar no segundo semestre de 2026, o que permitirá à unidade deixar de utilizar água potável, que poderá ser destinada ao consumo humano após tratamento convencional.
