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Comissão é formada para definir melhorias no tratamento das águas de distribuição

O Conselho Regional de Química da Terceira Região (CRQ-III) estabeleceu a Comissão Temporária de Estudos sobre a Qualidade da Água de Abastecimento com o propósito de avaliar e definir as melhores práticas para o tratamento das águas distribuídas. Esse problema ganhou destaque após a contaminação da estação Imunana-Laranjal da Cedae pelo tolueno em 3 de abril.

Harley Martins, presidente do CRQ-III e coordenador técnico da comissão, explicou que a intenção é implementar um monitoramento mais eficiente da qualidade da água.

“As análises realizadas diariamente, tanto na água bruta, na captação, quanto na água tratada são insuficientes para detectar uma série de substâncias químicas, não só o tolueno. Os processos utilizados nessas estações são muito básicos e não garantem que essas substâncias sejam retiradas da água”, afirmou Harley Martins.

Na primeira reunião da comissão, em 11 de abril, os participantes debateram as limitações das estações de tratamento, a necessidade de investir em laboratórios e tecnologias de tratamento, além de reforçar o monitoramento dos mananciais e a testagem regular das amostras de água. Também analisaram minuciosamente o incidente na Imunana-Laranjal, que fornece água para cerca de 2 milhões de pessoas.

Em 3 de abril, a Cedae interrompeu as operações da estação Imunana-Laranjal devido à mudança na qualidade da água bruta no manancial de captação. Este sistema fornece água para Niterói, São Gonçalo, Itaboraí (água bruta), Maricá (distritos de Inoã e Itaipuaçu) e Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro.

Posteriormente, descobriu-se que a mudança na qualidade da água estava relacionada à contaminação por tolueno. O nível do poluente químico atingiu 59 microgramas por litro na estação, quase o dobro do máximo permitido em água potável, que é de 30 microgramas. O tolueno, altamente tóxico, é utilizado na produção de gasolina, solventes e tintas, e é prejudicial à saúde.

Na época, máquinas de sucção foram utilizadas para remover o tolueno da água, que possivelmente se infiltrou devido à proximidade da estação com um duto desativado da Petrobras.

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