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Gruta da Sacristia, entre Ponta Negra e Jaconé. (foto: João Henrique / Maricá Info)
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Maricá receberá comitiva da UNESCO e poderá integrar o geoparque fluminense

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O município de Maricá poderá receber nos próximos meses um credenciamento da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que fará a cidade se tornar a porta de entrada do Geoparque Costões e Lagunas, um patrimônio geológico que abrange áreas de interesse científico, didático-pedagógico, turístico, histórico, pré-histórico e ecológico. Duas placas indicativas foram instaladas nesta quarta-feira (26/06) em pontos estratégicos de acesso a áreas de interesse neste setor, que ficam em Itaipuaçu e Ponta Negra. Uma comitiva da UNESCO virá a Maricá em julho para conhecer e avaliar os pontos indicados e sua preservação.

A colocação das placas foi feita por funcionários do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-RJ) com a supervisão da Secretaria de Turismo e de integrantes do projeto Geoparque. De acordo com o secretário Thiago Medina, Maricá tem todas as condições de obter o credenciamento.

“Ser integrante do geoparque nos coloca no patamar do turismo sustentável na região. É importante para a conservação e educação ambiental alinhada com o trade turístico, fortalecendo o desenvolvimento local. Estamos há meses nesta luta para que a cidade passe a integrar essa rota, mas temos tudo para conseguir”, garante ele.

De acordo com a coordenadora de projetos da Secretaria de Turismo, Márcia Freitas, a comitiva que virá a Maricá vai conhecer locais como o Caminho de Darwin, a Fazenda Itaocaia, o Farol de Ponta Negra e a Gruta da Sacristia. Segundo ela, um dossiê explicando a relevância desses locais foi aceito pela UNESCO e gerou o interesse pela visita.

“Se for confirmada, essa chancela vai agregar muito a todos os segmentos do turismo de natureza na cidade. Depois disso, chegarão também tipos diferentes de apoio vindos das esferas federal e estadual. Nós temos tudo que eles consideram relevante”, pontuou Márcia.

Um dos coordenadores do projeto Geoparque Costões e Lagunas – conduzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e que engloba outras instituições federais e estaduais –, Jhone Caetano de Araújo também acompanhou a instalação das placas e reforçou que Maricá tem de fato um patrimônio geológico de alto valor.

“A cidade tem um pedacinho do continente africano em sua costa com a Gruta da Sacristia, composta por rochas que têm entre 500 milhões e 2 bilhões de anos de existência. O registro da passagem de Charles Darwin por aqui também terá um peso de importância nessa decisão”, acredita o coordenador.

O que são os geoparques?

O Geoparque Costões e Lagunas inclui atualmente 15 municípios fluminenses, e poderá ter Maricá como sua porta de entrada. Geoparques podem ser considerados como soluções do Século 21 para geoconservação de áreas relevantes, a partir do seu uso geoturístico e educacional e do comprometimento das populações residentes no território. A UNESCO é a entidade promotora deste programa internacional desde 2015.

A entidade considera os geoparques áreas com significância internacional e são geridos com um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Em março de 2024, o Conselho Executivo da UNESCO divulgou a aprovação de 18 dossiês mundiais que foram encaminhados até novembro de 2023, dentre eles o Dossiê do Geoparque Costões e Lagunas, que é oficialmente aspirante à condição de geoparque mundial da organização.

A chancela da UNESCO para um geoparque é de grande relevância. Ela confere reconhecimento internacional e traz benefícios significativos, como Turismo Sustentável, Preservação Geológica, Desenvolvimento Econômico, Pesquisa Científica e Valorização Cultural.

Praia da Sacristia, mais conhecida como 'Prainha'. (foto: João Henrique / Maricá Info)

Praia da Sacristia, mais conhecida como ‘Prainha’. (foto: João Henrique / Maricá Info)

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