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O último mergulho de Kayk em Maricá; criança brincava de prender a respiração debaixo d’água

Nesta terça-feira (04), familiares do menino Kayk Manasses Teixeira Coutinho, de 9 anos, estiveram no Instituto Médico Legal (IML) do Barreto para reconhecer o corpo da criança, encontrada morta na Lagoa do Boqueirão, em Maricá, na noite da última segunda-feira (03). Segundo sua mãe, a manicure Kissila Balzac, de 26 anos, Kayk se afogou enquanto brincava com o irmão e um primo próximo à orla.

A família, residente em Itaboraí, estava em Maricá desde sexta-feira (31), visitando uma tia que mora na cidade. Na segunda-feira, Kissila e algumas parentes decidiram levar as crianças para a lagoa durante a tarde.

“Foi muito rápido. Eles estavam brincando na beira, mas estávamos olhando bem perto o tempo todo. De onde a gente estava até a beira da lagoa tinha um metro. O Kayk estava brincando com o primo e o irmão de seis anos. Do nada, não vimos mais ele. O primo falou que ele mergulhou, que  estavam brincando de ver quem fica mais tempo embaixo d’água”, conta a mãe.

O Corpo de Bombeiros foi acionado às 18h45, e equipes de mergulhadores realizaram buscas na região ao longo da noite. O corpo do menino foi localizado por volta das 23h45. Segundo a família, havia bandeiras sinalizando risco de afogamento em outras áreas da lagoa, mas no ponto onde Kayk estava, não havia sinalização.

Kissila contou que ela e uma prima tentaram entrar na água antes da chegada dos bombeiros para procurar Kayk. “Tentamos procurar e afundamos em um buraco. Conseguimos voltar, mas uma criança de nove anos não teria força para sair”, lamentou.

Mãe de outras duas crianças, de 6 e 2 anos, Kissila afirma que um dos momentos mais difíceis tem sido explicar o ocorrido ao filho do meio, que estava ao lado de Kayk no momento do afogamento.

“O irmão pergunta toda hora se a gente vai ver o Kayk. Se a minha ficha não caiu, imagina a dele. Ele era uma criança muito querida. Tinha muitos amigos lá onde a gente mora; gostava de ir para a igrejinha com o irmão e os amiguinhos. Antes de a gente chegar à lagoa, ele estava conversando com minha tia e falou que, quando crescesse, queria ser marinheiro”, conta a mãe.

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