Parte dos camelôs que haviam sido realocados para o Centro de Comércio Popular de Maricá (CECOP) durante a gestão do ex-prefeito Fabiano Horta voltaram a ocupar as calçadas da Rua Ribeiro de Almeida, no Centro de Maricá. A movimentação tem gerado indignação entre os lojistas, que enfrentam fachadas obstruídas e dificuldades na circulação de pedestres.
Apesar do retorno de alguns ambulantes às ruas, muitos ainda permanecem no CECOP, especialmente idosos que preferem evitar o calor, já que o espaço agora conta com climatização. No entanto, a baixa movimentação de clientes no local tem sido uma queixa recorrente dos comerciantes que ali permanecem.
Desde o sábado de carnaval, alguns camelôs começaram a ocupar novamente as calçadas, montando suas barracas em frente às lojas estabelecidas. A situação tem gerado insatisfação, especialmente entre comerciantes que pagam altos tributos e veem suas vitrines encobertas e o fluxo de clientes prejudicado.
No dia 28 de dezembro de 2024, o então prefeito eleito Washington Quaquá (PT) se reuniu com os comerciantes do CECOP para discutir suas demandas. O espaço foi criado para organizar os camelôs após a urbanização da Rua Ribeiro de Almeida. Durante a reunião, Quaquá garantiu que os camelôs poderiam voltar às ruas. “Lugar de vender não é escondido, lugar de vender é onde passam as pessoas”, afirmou o prefeito.
A decisão gerou controvérsias, especialmente entre os lojistas, que enfrentam concorrência desleal com os ambulantes, já que estes não arcam com os altos custos de impostos e aluguel. O CECOP foi fruto de um investimento milionário e conta com estrutura climatizada, oferecendo condições dignas de trabalho aos comerciantes. No entanto, as vendas abaixo das expectativas levaram muitos a acumularem dívidas, aumentando a pressão para um retorno às ruas.
A presença dos camelôs nas calçadas reacendeu o debate sobre a organização do comércio ambulante no município. Lojistas já manifestam indignação e cobram uma atuação da Secretaria de Postura e Uso do Solo para coibir a ocupação irregular do espaço público.
O tema será abordado na próxima reunião do Conselho Comunitário de Segurança de Maricá (CCS), ligado ao Instituto de Segurança Pública (ISP), que ocorrerá na terça-feira, 18 de março, às 17h, na sede da Associação Comercial de Maricá (ACM), localizada ao lado da loja O Boticário e em frente ao banco Itaú.
