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Maricá registra os primeiros casos de Febre Oropouche

O estado do Rio de Janeiro vem enfrentando um aumento alarmante nos casos de Febre Oropouche, especialmente na Região Metropolitana. Em 2025, já foram confirmados 693 casos da doença, com outros 1.233 ainda sob investigação. Municípios como Cachoeira de Macacu, Macaé e Guapimirim estão entre os mais afetados, enquanto cidades como São Gonçalo, Maricá e Niterói registram novas ocorrências e intensificam ações para controlar a disseminação do mosquito Maruim, transmissor da doença.

De acordo com dados da Secretaria de Saúde, a Febre Oropouche já circula em diferentes regiões do estado, incluindo municípios como Itaboraí, que registrou 81 casos confirmados, São Gonçalo com 13 casos, além de Maricá e Niterói, que confirmaram dois e três casos, respectivamente.

A prefeitura de Maricá informou, por meio de nota, que não vem registrando aumento nos casos da doença, mas que segue promovendo medidas para evitar a sua disseminação.

“A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, esclarece que atualmente há apenas dois casos confirmados de febre oropouche no município. Outros três casos suspeitos já foram descartados após exames. Para controlar a disseminação da enfermidade, a Vigilância Ambiental realizou ações nos bairros com casos confirmados e fortaleceu o trabalho de orientação da população local. Além disso, a Secretaria de Saúde está divulgando continuamente através das redes sociais e no site oficial da Prefeitura informações sobre a doença, como sinais, sintomas, formas de prevenção e quando procurar atendimento. No município, pessoas com sintomas brandos suspeitos da doença, como febre alta, dor de cabeça intensa, dor muscular e nas articulações, devem procurar a Unidade de Saúde da Família (USF) de referência, que atende a região de moradia. Nos casos graves, é indicado que se dirija à unidade de Urgência e Emergência mais próxima, o que inclui o Hospital Conde Modesto Leal, a UPA de Inoã e a UPAM Santa Rita”, informou a nota.

A febre oropouche é uma doença viral transmitida por insetos, principalmente pelo Culicoides paraensis (um tipo de mosquito conhecido como maruim ou pólvora). O vírus Oropouche (OROV) pertence à família Peribunyaviridae e tem sido responsável por surtos epidêmicos em países da América do Sul e Caribe, principalmente no Brasil, Peru, Equador, Colômbia e Trinidad e Tobago.

Sintomas

A infecção pelo vírus Oropouche provoca sintomas semelhantes aos da dengue, incluindo:

  • Febre alta e repentina

  • Dor de cabeça intensa

  • Dores musculares e articulares

  • Náusea e vômito

  • Fotofobia (sensibilidade à luz)

  • Mal-estar geral

Em alguns casos, os sintomas podem reaparecer após um período de melhora, fenômeno conhecido como fase bifásica da doença.

Transmissão

O principal vetor da febre oropouche é o Culicoides paraensis, mas há evidências de que mosquitos do gênero Culex também possam transmitir o vírus. A transmissão ocorre pela picada do inseto infectado. O vírus pode circular entre humanos e animais silvestres, como preguiças e macacos.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico é feito por testes laboratoriais, como RT-PCR e sorologia. Não há um tratamento específico para a febre oropouche; os cuidados são sintomáticos, com uso de analgésicos e antitérmicos (exceto anti-inflamatórios à base de ácido acetilsalicílico, devido ao risco de complicações).

Prevenção

Como não existe vacina contra o vírus Oropouche, a melhor forma de prevenção é evitar a exposição aos vetores. Medidas incluem:

  • Uso de repelentes

  • Instalação de telas protetoras em janelas e portas

  • Uso de roupas que cubram a pele

  • Controle de criadouros de mosquitos




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