Maricá registra perda de vagas formais de emprego no primeiro trimestre de 2025, aponta CAGED
Maricá enfrenta um cenário econômico desfavorável no que diz respeito às vagas formais de trabalho. Dados do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), compilados pelo Maricá Info, mostram que o município acumulou perda de postos de trabalho com carteira assinada nos três primeiros meses de 2025.
Como já noticiado anteriormente, janeiro foi o mês mais crítico, impulsionado por cortes realizados pela própria prefeitura, o que refletiu diretamente nas empresas terceirizadas, após o encerramento de diversos contratos. Foram 1.723 demissões contra 1.198 admissões naquele mês.
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Em fevereiro, houve uma leve recuperação: Maricá registrou 1.389 contratações frente a 1.309 desligamentos. Ainda assim, o saldo continuou negativo. Já em março, último mês com dados disponíveis no sistema do CAGED, o município voltou a registrar mais demissões (1.387) do que admissões (1.216).
No acumulado do ano, o saldo é negativo em 616 vagas formais.
Cidades vizinhas como Niterói, Itaboraí, São Gonçalo e Saquarema também enfrentam perdas semelhantes no mercado de trabalho formal, o que aponta para uma crise regional.
Em 2024, Maricá manteve saldo positivo durante todos os meses, com mais contratações do que demissões. A situação atual, no entanto, contrasta com o desempenho do ano anterior. O encerramento de políticas públicas de incentivo à economia local, como o PPT e o Fomenta Maricá, além dos cortes em programas sociais e na própria estrutura da prefeitura, retirou milhões de reais da economia municipal.
O resultado é um período de retração, em que comerciantes e pequenos empresários enfrentam dificuldades para manter seus negócios. A esperança de uma recuperação persiste, mas a dúvida que permanece é: até quando Maricá vai depender exclusivamente dos royalties do petróleo e o que será feito para evitar que mais postos de trabalho sejam perdidos?
