Prefeito Quaquá anuncia criação de grupo de trabalho para desenvolver novo modelo econômico em Maricá
O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), anunciou em seu perfil no Instagram a criação de um novo grupo de trabalho para discutir e implantar o que chamou de “Neo Desenvolvimentismo” e a “Economia das Pessoas e das Famílias”. A proposta, segundo ele, busca romper com o modelo tradicional em que a economia dita a forma de vida das pessoas, invertendo essa lógica para que a economia passe a servir às necessidades reais da população.
A declaração foi feita em vídeo, onde Quaquá explicou que a ideia surgiu a partir de uma reunião com beneficiários do Passaporte Universitário, programa municipal que custeia a graduação de moradores da cidade. De acordo com o prefeito, muitos estudantes se formam, mas acabam sem oportunidades reais de emprego, o que ele descreveu como um cenário de “Uber de canudo”.
“Estamos discutindo em Maricá a construção de um neo-desenvolvimentismo com a economia das pessoas e das famílias, onde a economia sirva às pessoas e não as pessoas já sejam escravas da economia, como é no capitalismo”, afirmou.
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O grupo de trabalho será coordenado por José Carlos, que até então ocupava a Secretaria de Assistência Social, com apoio de João Pedro e da ex-vereadora Bia, de Belém do Pará, que está de mudança para Maricá. O núcleo contará com a participação de diferentes secretarias da prefeitura.
Segundo Quaquá, o objetivo é pensar políticas públicas que estejam mais próximas da realidade da população, promovendo qualidade de vida e oportunidades alinhadas às vocações e desejos individuais. “A esquerda brasileira não tem um projeto de transformação do modus vivendi, da forma como as pessoas vivem. Nós queremos construir novas maneiras de viver”, destacou.
O conceito ainda será desenvolvido ao longo dos próximos meses, e deve nortear futuras ações do governo municipal, que vem enfrentando críticas por demissões em massa e corte de um dos importantes programas de fomento ao empreendorismo, o PPT, extinto no início da atual gestão, levando a uma redução do giro de capital dentro da cidade, já que cerca de R$ 14 milhões era injetado na economia local somente por esse programa.