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Maricá poderá ter Dia da Liberdade de Expressão no dia 18 de junho; entenda!

A Câmara Municipal de Maricá vai analisar nos próximos dias o Projeto de Lei nº 0159/2025, de autoria do vereador Ricardinho Netuno (PL), que propõe a criação do Dia Municipal da Liberdade de Expressão, a ser celebrado anualmente em 18 de junho.

A escolha da data não é aleatória: marca o dia em que o jornalista Romário Barros, fundador do portal Lei Seca Maricá (LSM), foi assassinado em 2019. Romário era conhecido pelo trabalho independente, pela cobertura crítica do cotidiano do município e pela defesa da liberdade de imprensa.

Segundo o autor da proposta, a criação da data visa homenagear o jornalista e, principalmente, provocar reflexão sobre a importância da liberdade de expressão como um direito fundamental, essencial para o fortalecimento da democracia e do pluralismo de ideias.

O projeto prevê que o Poder Executivo, em parceria com a sociedade civil, escolas e veículos de comunicação, poderá realizar palestras, debates, campanhas educativas e eventos culturais para valorizar o respeito à diversidade de opiniões e ao diálogo.

Na justificativa, o vereador Netuno lembra que, mesmo com a garantia constitucional, ainda há episódios de censura e intimidação contra jornalistas, artistas e cidadãos. “Instituir um dia municipal dedicado à reflexão e promoção desse direito fundamental é reafirmar o compromisso de Maricá com a democracia e o respeito às opiniões divergentes”, defendeu.

A proposta será analisada pelas comissões da casa e deverá seguir para votação no plenário da Câmara. Em outra ocasião, o vereador Netuno já tinha proposto a criação da lei, que sofreu resistência voto contrário da base aliada do governo por ter escolhido o dia 17 de janeiro, o que, segundo o líder do governo na Câmara, vereador Hadesh (PT), poderia ser considerado como uma alusão ao número do partido PSL, em que o ex-presidente Bolsonaro venceu as eleições em 2018.

Morte de Romário Barros completa 6 anos

A morte cruel do jornalista Romário Barros, no dia 18 de junho de 2019, marcou negativamente a cidade de Maricá, que já vinha de um brutal assassinato do criador de outro jornal, o JOM, Robson Giorno.

Romário voltava de uma caminhada na orla de Araçatiba, quando, ao entrar em seu carro, foi surpreendido por um criminoso que atirou covardemente contra ele, sem chance de defesa. Posteriormente, investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo desvendaram que Rodrigo José Barbosa, o Rodrigo Negão, foi o executor. Ele chegou a ser preso, mas, ao ser solto, foi assassinado dentre de sua residência. O motivo da morte de Romário, no entanto, permanece desconhecido.

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