Maricá: Bebê morre durante trabalho de parto; pai acusa negligência médica
Um bebê morreu durante o trabalho de parto no Hospital Municipal Conde Modesto Leal, no Centro de Maricá, neste sábado (17). O pai acusa a equipe médica de negligência.
Segundo relatos do pai, sua esposa entrou em trabalho de parto e foi rapidamente levada para a unidade hospitalar. Contudo, após ser internada, ela passou três horas aguardando atendimento, enquanto sofria com fortes contrações.
Durante esse período, a situação se agravou, fazendo a equipe médica iniciar um parto de emergência. No entanto, ao ser retirado, o bebê foi encontrado com o cordão umbilical enrolado no pescoço e em estado de parada cardíaca. Apesar dos esforços dos médicos para reanimá-lo, o bebê não resistiu e foi declarado morto.
Ele ainda relatou que, durante o pré-natal, a mãe havia sido informada por meio de exame de ultrassonografia que o cordão umbilical estava se enrolando no pescoço do bebê. Ainda assim, a equipe médica teria assegurado que, durante o parto, poderiam ser realizadas manobras específicas para evitar riscos ao bebê.
Diante da tragédia, o pai acusa a equipe médica de negligência, afirmando que as medidas necessárias para salvar a vida de seu filho não foram tomadas, apesar do conhecimento prévio da situação. Em busca de justiça, ele registrou a ocorrência na Delegacia de Maricá (82ª DP).
A Polícia Civil de Maricá já abriu uma investigação para apurar as circunstâncias da morte e possíveis responsabilidades.
A Secretaria de Saúde de Maricá emitiu uma nota sobre o caso:
A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde (SMS), informa que a mulher de 30 anos, gestante de 40 semanas e classificada como de baixo risco, deu entrada na unidade com queixa de perda de líquido amniótico. A paciente foi atendida pela equipe de obstetras da unidade que solicitaram exames complementares, incluindo ultrassonografia obstétrica e cardiotocografia. Após a avaliação dos resultados, foi indicada a internação e iniciada a indução ao parto.
A paciente foi novamente avaliada pela enfermeira obstetra, que constatou que o exame físico e a escuta dos batimentos cardíacos fetais estavam dentro da normalidade. Contudo, em seguida, após novos exames, constatou-se a dilatação do colo uterino associada a um prolapso de cordão umbilical. Diante da situação de emergência, a paciente foi encaminhada imediatamente ao centro cirúrgico para a realização de uma cesariana de urgência.
O recém-nascido nasceu já em parada cardiorrespiratória. As manobras de ressuscitação foram realizadas, porém infelizmente sem sucesso. Todos os registros estão devidamente relatados no prontuário. É importante destacar que, embora os familiares tenham mencionado a presença de circular de cordão na ultrassonografia realizada em julho, a causa do óbito não apresenta relação direta com a condição previamente mencionada. Diante dos fatos apresentados, a SMS decidiu abrir uma sindicância para apurar o caso.