O governo Quaquá começou há cerca de cinco meses, e uma insatisfação geral tomou conta da cidade, com uma onda de demissões, cortes em contratos e em programas sociais.
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Diversos vereadores da base aliada demonstraram insatisfação com decisões recentes do prefeito, que foram interpretadas por alguns como uma quebra de confiança, especialmente considerando o apoio dado por esses parlamentares durante a campanha — algo que ele mesmo assume não ter feito.
Poucos escaparam ilesos. Ou melhor, alguns até ganharam mais espaço. Um deles tem nome e sobrenome, mas é mais conhecido pelo apelido: Luiz Felipe Santos de Oliveira, o Hadesh. Foi “comendo pelas beiradas” e, quando menos se esperava, abocanhou quase tudo. Agora, como líder do governo, é ele quem distribui os cargos entre os demais parlamentares, ao mesmo tempo em que blinda o acesso ao prefeito. Segundo informações de bastidores, fica com o filé e entrega as sobras aos “famintos”.
Mas o garoto, que comanda o movimento estudantil e, agora, as Secretarias de Educação e da Juventude, além de expandir seus braços para o ICTIM, Cultura, Direitos Humanos, Codemar, Somar, entre outros, mira a presidência da Câmara.
Sedento por poder, ele sentiu o “gostinho da presidência”, mesmo que por cinco minutos, durante a rápida ida do vereador Frank Costa, presidente em exercício na última sessão ordinária, à tribuna da Câmara. Já circulam comentários de que há uma articulação para colocá-lo no lugar de Aldair de Linda, presidente da Câmara de Vereadores de Maricá desde 2017, caso seja impedido de formar chapa para disputar a mesa diretora no próximo biênio (2027-2028).
Há sinais de que o prefeito Quaquá e o presidente da Câmara, Aldair de Linda (PT), têm divergido em temas sensíveis, como o armamento da Guarda Municipal e a utilização de recursos do Fundo Soberano de Maricá. Embora tenham publicado um vídeo juntos, em clima de trégua, nos bastidores o ambiente ainda é de tensão. Por mais que Aldair faça parte do mesmo grupo político e se refira a Quaquá como um irmão, é Hadesh quem foi criado politicamente pelo atual prefeito desde o berço, lá nos tempos de movimento estudantil — alguém que estaria 100% alinhado aos seus pensamentos e ideais, e que não titubearia em passar nenhum dos projetos de interesse do Executivo, tornando o Legislativo um puxadinho da prefeitura.
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