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Sem os royalties, projetos de saneamento e pavimentação em Maricá ficam só no papel

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Municípios fluminense não terão como investir em obras se recursos forem direcionados a outras cidades e estados brasileiros

petrobrasRio – A chegada do verão traz junto temporais e ameaças de novas tragédias, como as que mataram centenas de pessoas em Angra dos Reis e Niterói, no início do ano. Pois justamente os investimentos em contenção de encostas e remoção de população de áreas de riscos que correm o risco de ser engavetados pelas duas prefeituras se o dinheiro dos royalties do petróleo for para outros estados brasileiros.

“Para Angra foram liberados R$ 80 milhões para as obras de recuperação da cidade, e ainda serão necessários mais R$ 65 milhões”, preocupa-se o secretário municipal de Fazenda, Jorge Irineu da Costa. Em vez de R$ 90 milhões, Angra receberia somente R$ 3 milhões.

Niterói, na Região Metropolitana do Rio, poderá passar dos atuais R$ 48 milhões em royalties para minguados R$ 200 mil, comprometendo, além de obras de contenção de encostas e construção de moradias para desabrigados, serviços de limpeza urbana, pavimentação de ruas e drenagem.

Em cidades da Região dos Lagos, como Búzios e Cabo Frio, é o turismo que sofrerá o maior corte. “A receita de Cabo Frio hoje está comprometida em 44% com os recursos dos royalties e muitos projetos como a revitalização da orla da Praia do Forte dependem destes recursos”, afirmou o prefeito Marcos da Rocha Mendes.

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