Maricá: Prefeitura recicla resíduos de podas
A Secretaria de Cidade Sustentável está dando um exemplo que pode ser reproduzido por qualquer pessoa – e que ajuda a produzir menos lixo. A pasta, que é encarregada de recolher resíduos decorrentes de podas de árvores na cidade, está levando todo o material que coleta para ser triturado e transformando em adubo orgânico. A compostagem é feita a partir do material triturado. “Misturamos os fragmentos do lixo verde que vem das podas e até mesmo da capina com esterco seco e temos um ótimo adubo para nossas plantas. Nesse tipo de compostagem, conseguimos resultados mais rápidos”, explica Luiz Ramos, 66 anos, responsável pelo Viveiro Florestal da Prefeitura, que funciona no Caxito.
O material gerado ali tem destino certo. “O composto orgânico gerado será utilizado como substrato para as mudas produzidas, além de ser aplicado como adubo nas nossas áreas de plantio”, explica o secretário de Cidade Sustentável, Hélter Ferreira “Vamos também diminuir a produção de lixo proveniente de árvores”, destaca.
O processo pode ser reproduzido em casa. Luiz Ramos afirma que os moradores podem reciclar restos de frutas, legumes, coadores de café, entre outros. “Primeiro é preciso ter um recipiente com furos no fundo e colocar o lixo seco, que são papéis sem tinta, cascas de árvore, serragem e folhas secas”, descreve. “Não pode juntar restos de alimentos com sal, óleo ou azeite, além de restos orgânicos de animais, gordura animal, cigarros, plásticos e papéis triturados ou plastificados, pois isso atrai vetores. “Para triturar os resíduos orgânicos pode-se utilizar um liquidificador velho ou até mesmo cortar em pedaços bem pequenos. A composteira pode ficar no jardim, em um pedaço de terra ou até mesmo dentro de caixotes de feira forrados com plástico preto. Para virar adubo é necessário que seja montado em camadas e, quanto mais finas, mais rápido se torna o processo”, continua o responsável pelo viveiro. Ainda segundo ele, a ordem das camadas deverá ser sempre a mesma: lixo seco seguido pelos restos úmidos. Depois é preciso molhar e repetir o processo, terminando com a parte seca para evitar mau cheiro.
O processo inclui um período de 15 dias sem que o material seja mexido. Após esse tempo, a terra precisa ser movimentada com um garfo de jardim ou até mesmo receber minhocas para ajudar na oxigenação. Essa ação ajuda na fixação dos nutrientes provenientes da decomposição na terra. Depois de dois a três meses, o adubo estará pronto, com cheiro de terra, de cor marrom e temperatura fria.