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Maricá: Abertura do canal em Itaipuaçu pode resolver problema de enchente no Recanto 3, diz prefeitura

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As obras de construção do novo quebra-mar do Recanto de Itaipuaçu devem ganhar um novo impulso nesta semana. Depois da mudança de tempo que trouxe ressaca no sábado e no domingo, homens e máquinas continuam retirando areia da ligação do mar com o canal. A previsão é de as condições melhorarem a partir desta quarta-feira (07/08), o que vai proporcionar o quadro ideal para intensificar a ação de remoção do material (dasassoreamento) e colocação das pedras que marcam o trajeto da água, para manter a renovação. Com autorização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) tanto para a intervenção no canal como para as ações dela decorrentes, a areia está sendo reaproveitada na construção de espaços públicos nas orlas do Parque Nanci e de Guaratiba.

A medida consiste em colocação de grandes pedras com o objetivo de manter o canal aberto de forma definitiva, assim como foi feito em Ponta Negra. O novo quebra-mar já recebeu mil metros cúbicos de pedras e, além de já despontar na paisagem e atrair muitos curiosos, passou a influenciar a formação das ondas no local. A extensão total da nova peça deverá ser de 100 metros. De acordo com a equipe que atua no local, o mole ainda deve avançar aproximadamente 40 metros dentro do mar, onde fará uma curva para facilitar o acesso dos pescadores e reter a força das ondas.

Além dos visitantes e curiosos que vão à beira da praia do Recanto observar a movimentação todos os dias, a obra do quebra-mar criou uma grande expectativa para quem mora no trecho final da Avenida Beira-Rio, junto ao morro da Peça, na área conhecida como Recanto 3. Por conta das chuvas e da consequente subida no nível do córrego que passa ao lado da rua e desemboca no Canal da Costa, a água vem minando do solo e provoca enchentes nas últimas residências da via. Segundo os próprios moradores, a abertura definitiva da ligação do canal com o mar vai resolver o problema de vez.

“Precisamos muito desta obra. Toda essa área fica encharcada porque a água surge do chão e a chuva só piora a situação. A minha e outras casas estão com esse problema. Com o canal aberto, a água vai escoar e não volta mais, porque deixa de acumular aqui. É tudo que a gente quer”, afirmou o autônomo Aldino Ferreira Macedo Neto, de 61 anos.

De acordo com a Secretaria de Cidade Sustentável (que acompanha todo o processo), o fenômeno ocorre em razão do avanço da mancha urbana sobre aquelas área, o que causou a impermeabilização do solo com o passar dos anos. Com a abertura permanente da ligação do canal com o mar, esse acúmulo terá a vazão necessária e as ações de desassoreamento, realizadas pela Prefeitura, serão feita num volume menor que o atual.

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