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Maricá (RJ) recebe show com Jorge Aragão no domingo (24)

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Em homenagem ao Dia da Consciência Negra, grandes nomes da música nacional e internacional, como Diogo Nogueira, Blues Etílicos e o guitarrista americano Stanley Jordan, participaram do primeiro Festival de Música Negra de Maricá realizado pela Secretaria de Cultura. O dia da abertura do festival (20/11) foi realizado na Lona Cultural de Itaipuaçu e na Barra de Maricá, entre as Ruas 4 e 5. O festival segue até o próximo domingo (24/11) com shows de Jorge Aragão e Big James & Simi Brothers.

A abertura do evento na Lona Cultural de Itaipuaçu contou com a apresentação, pela primeira vez em Maricá, do gaitista brasileiro Jefferson Gonçalves que, por mais de uma hora, apresentou uma mistura de ritmos nordestinos, como o forró, o baião, o xaxado e o maracatu. Com 29 anos de carreira e com dez CD´s lançados, Jefferson falou da importância de sua apresentação. “É um orgulho me apresentar nesse festival porque faço esse tipo de música: a americana misturada com a brasileira sendo que ambas vieram de uma só região, da África. Tocar Luiz Gonzaga com B. B. King. É um blues bem brasileiro”, declarou.

Ainda na lona, o guitarrista americano Stanley Jordan, que é um dos maiores instrumentistas da história, se apresentou pela segunda vez na cidade. Stanley apresentou a técnica do “tapping”, criada por ele, que significa tocar batendo com os dedos da mão esquerda nas cordas. “O show em Maricá foi incrível com uma plateia muito acolhedora. Minha conexão com a cidade foi imediata e voltar a tocar num evento de música negra é realmente demais”, explicou.

O morador de Itaipuaçu, Carlos Aranda, de 54 anos, foi à lona com a esposa, filho e dois netos. “Há tempos esperava um evento dessa magnitude aqui na lona. Sensacional. Grandes nomes da música brasileira e internacional pertinho da minha casa”, destacou.

A família da Ana Paula Oliveira, de 41 anos, veio de São Gonçalo especialmente para curtir o festival. “Ficamos sabendo pelas redes sociais e nos interessamos em vir porque o local permite curtir, num ambiente bem tranquilo, com as nossas filhas que, desde cedo, aprendem a gostar de música de qualidade”, salientou.

Na Barra de Maricá, o DJ Codi abriu o evento. Em seguida, a banda Blues Etílicos subiu ao palco com seu som inconfundível que, desde a década de 80, arrebanha uma legião de fãs pelo país.

E encerrando a primeira noite do festival, o cantor Diogo Nogueira apresentou o show “Tá Faltando o quê?” interpretando seus maiores sucessos, clássicos do samba, em homenagem aos seus grandes mestres. Algumas canções de seu último disco “Munduê” e os seus novos singles “Tá Faltando o Quê?”, “Vapor de Arerê” e, o mais recente, “Meu Instinto” fizeram parte do repertório num show de quase duas horas de duração. “Acabei de lançar uma nova música, ‘Coisa Boa’, que aborda o racismo. Estou muito feliz em voltar a Maricá nesse dia tão especial onde podemos cantar histórias sobre a mãe África. Um beijo a todos. Espero voltar muitas outras vezes”, destacou Diogo.

As amigas, moradoras do Marques, Adelaine dos Santos, de 41 anos, e Cristina Motta, de 39 anos, são fãs do cantor e chegaram cedo para curtirem o show da grade. “Já curtia muito o pai dele (João Nogueira) e há mais de 20 anos acompanho a carreira e vou a todos os shows que posso”, destacou Cristina. Sobre o festival, Adelaine disse que o ambiente é maravilhoso. “Pretendo vir todos os dias. Ambiente tranquilo e familiar”, salientou.

Comemorando aniversário, a moradora de Itapeba, Érica Barreto, de 45 anos, adorou o festival “Esse é o melhor aniversário que poderia ter. Um show pra lá de especial com um artista que amo”, salientou a aniversariante. Claudia Alves, de 60 anos, curtiu o festival com a filha Carolina Alves, de 23 anos, moradoras da Divineia. “Esse evento está perfeito. Minha raiz, meu DNA e minha identidade são negras. Tenho orgulho disso”, disse Carolina.

As moradoras de Ponta Negra, Ana Lúcia de Almeida, de 34 anos, Ana Carolina Ferreira e Isabella Alonso, de 21 anos, aprovaram o primeiro Festival de Música Negra. “É a primeira cidade que vejo realizar um evento voltado para esse tipo de música. Sinto-me representada porque amo samba e pagode de raiz”, destacou Isabella. Já sua irmã mais velha, Ana Lúcia, disse que graças à organização do evento pretende vir outros dias. “O lugar é amplo. Dá para curtir com tranquilidade”, destacou Ana Lúcia.

Para a secretária de Cultura, Andréa Cunha, comemorar o Dia da Consciência Negra junto com a abertura do festival é sinônimo de alegria “Para cultura da cidade, esse festival é excelente. Será apenas o primeiro de muitas outras edições que pretendemos fazer com objetivo de criar uma identidade com a música negra, ampliando para todos os estilos, samba, blues, hip hop, blues e jazz”, concluiu.

Confira a programação completa do festival:

Dia 22/11

Palco – Lona Cultural Marielle Franco (Barra)

18h às 19h – Grupo de capoeira Negrin/mestre Juruna – maculelê
19h às 20h – DJ Codi
20h às 21h30 – Big James & Simi Brothers (USA)

Palco – Lona Cultural de Itaipuaçu
17h às 19h – Contadores de histórias e oficinas de brinquedo
19h às 20h – DJ Edi (samba e funk)
20h às 21h30 – Jô Borges
22h às 23h30 – Blues Etílicos

Dia 23/11

Palco – Lona Cultural Marielle Franco (Barra)

15h às 16h30 – Contadores de histórias e oficinas de brinquedo
17h às 20h – Jogo do Flamengo (telão e DJ Codi)
20h às 21h – Jô Borges
21h30 às 23h – Stanley Jordan Trio (USA)

Palco – Lona Cultural de Itaipuaçu

16h30 às 17h30 – Marianna Cunha
17h30 às 20h30 – Jogo do Flamengo (telão e DJ Buska)
21h às 22h30 – Taryn Szpilman in Blues

Dia 24/11

Palco – Lona Cultural Marielle Franco (Barra)
15h às 17h – Contadores de histórias e oficinas de brinquedo
18h às 19h – DJ Codi
19h30 às 21h – Jorge Aragão
21h30 às 23h – Marianna Cunha

Palco – Lona Cultural de Itaipuaçu

16h30 às 18h – DJ Edi (samba e funk)
18h30 às 20h – Big James & Simi Brothers (USA)

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