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Maricá: Saiba como funcionará o sistema de bandeiras

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Com a estratégia de testagem em massa da população para o novo coronavírus, que foi iniciada no último dia 01/06 pelos moradores idosos da cidade, a Prefeitura de Maricá trabalha para obter dados mais precisos sobre o panorama da Covid-19 no município.

De acordo com a subsecretária da Rede de Atenção e Saúde Coletiva da Secretaria de Saúde de Maricá, Solange Oliveira, esses dados são fundamentais para a utilização correta do sistema de bandeiras, que determinam o ritmo de retomada da atividade econômica na cidade com base em um conjunto de critérios de Saúde entre os quais a testagem se inclui.

“Com números mais precisos sobre o número de infectados, teremos um desenho mais claro sobre a progressão da pandemia em Maricá. É claro que, com mais testes sendo feitos, a quantidade de casos tende a subir, como já foi visto na última semana”, explica Solange, em alusão ao crescimento do índice de casos confirmados na cidade, outro indicador importante para o estabelecimento das bandeiras, bem como a ocupação total dos leitos disponíveis na cidade – que nesta terça-feira (02/06), encontrava-se em 44,5%.

A subsecretária se refere à mudança feita na contagem do número de casos confirmados de Covid-19 pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), que passou a considerar como positivos todos os casos de síndromes gripais ou de Síndrome Respiratória Aguda Grave. “Esses números divulgados pelo estado seguem a nota técnica do Ministério da Saúde. Por isso surgiu a discrepância entre nossos números, baseados nos testes feitos pelo Laboratório Central (Lacen), e os do estado, que incluem as notificações ao sistema do SUS. Com os testes, esses dois indicadores voltarão a se aproximar”, destaca ela.

Nos próximos dias, a Prefeitura vai divulgar um calendário de testagem dos moradores do município que não apresentam sintomas da doença – as pessoas que apresentam sintomas já fazem o teste nos polos de atendimento exclusivos para o novo coronavírus (Centro, Itaipuaçu e Ponta Negra). “Serão montadas na cidade estruturas exclusivas para a realização de testes rápidos nos assintomáticos: a pessoa chega, se identifica e é encaminhada para o teste, cujo resultado sai em alguns minutos”, diz Solange.

Os idosos da cidade estão sendo visitados em suas casas para fazer o teste, e em seguida serão testadas pessoas que apresentem comorbidades (obesidade, diabetes, hipertensão, entre outros). Depois será a vez das pessoas que tenham 40 e 59 anos; os de 20 a 39 anos; e por fim os moradores com menos de 19 anos.

Terão direito a fazer o teste todos os moradores de Maricá, que deverão mostrar um comprovante de residência e um documento de identidade. “Com o resultado, os médicos poderão dar a orientação mais adequada a cada pessoa que teste positivo: se ela deverá apenas manter o isolamento social ou se receberá alguma medicação, por exemplo. Importante dizer que todos aqueles que testarem positivo e ainda apresentarem sintomas serão monitorados pelas equipes de saúde da família”, afirmou a subsecretária.

A bandeira Amarela nível 1, estágio que se inicia a partir desta quinta-feira, autoriza a abertura de oficinas, lanchonetes, cafeterias, docerias e similares e estabelecimentos comerciais em geral que não se enquadravam na categoria de atividades essenciais. O comércio em geral poderá abrir entre 14h e 18h, já lanchonetes e afins podem funcionar por seis horas seguidas, em intervalo a livre critério. O uso de máscaras, a oferta de álcool gel para clientes e funcionários, acessos abertos, restrição de quantidade de pessoas no estabelecimento e a proibição de experimentar produtos (calçados e roupas principalmente) estão entre as condições previstas no decreto.

Em caso de agravamento dos indicadores de Saúde, o decreto prevê ainda a adoção da bandeira Vermelha. Com isso, haverá um aumento das restrições à circulação nas ruas da cidade em relação às condições atuais – será possível reduzir drasticamente a frota de transporte púbico, bloquear todos os acessos a locais de lazer públicos (praias, parques, praças, lagoas) e implantar barreiras sanitárias permanentes, além de determinar o isolamento de todos os cidadãos em suas casas. 

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