Maricá: Bicicletas ‘vermelhinhas’ sofrem com vandalismo e EPT divulga canal para denúncias
Empresa Pública de Transportes oferece canal para denúncias sobre depredações ou mau uso das bicicletas
A Prefeitura de Maricá, por meio da Empresa Pública de Transportes (EPT), disponibiliza bicicletas gratuitas para passeios pela cidade. Iniciado em março deste ano, o serviço conta com 20 estações e um total de 200 bicicletas compartilhadas. No entanto, as “Vermelhinhas”, como são popularmente conhecidas, se tornaram alvo constante de depredações. São frequentes as ocorrências envolvendo não só o abandono das bicicletas em locais inadequados, como atos de vandalismo.
As ações inapropriadas vão desde má utilização do equipamento, como “empinar” as bicicletas, a danos como quebrar a cestinha acoplada no guidão, banco, eixo, o próprio guidão, aro ou outras partes do aparelho público. Para combater o vandalismo, a Empresa Pública de Transportes tem um canal de comunicação para que a população possa denunciar o mau uso das vermelhinhas. Basta entrar em contato com a Ouvidoria da EPT pelos telefones 2638-1825 e 99861-8813. É possível também preencher o formulário (fale conosco) disponível no site da autarquia (eptmarica.rj.gov.br).
Após identificar a violação, considerada crime ao patrimônio público, os agentes recolhem a bicicleta para reparos, causando gastos aos cofres públicos e desfalque nas estações. O presidente da Empresa Pública de Transportes (EPT), Celso Haddad afirma que no mês de agosto o número de bicicletas danificadas aumentou consideravelmente.
“Registramos uma maior quantidade de espelhos retrovisores quebrados, a retirada do forro do banco e da cesta das bicicletas. Precisamos conscientizar as pessoas de que esse é um meio de transporte excelente, sustentável, para que possam se locomover pelo município”, explica.
Haddad ressalta que o transporte é um direito social, que foi pensado para moradores e visitantes.
“Quanto mais as pessoas usarem, mais importante será para o desenvolvimento da cidade. Quero reiterar que todos continuem usufruindo e cuidando do nosso bem maior que são as bicicletas”, frisa Haddad.
Opinião de usuários
O técnico de enfermagem Rafael Melo, que mora no Centro, reconhece que situação é inaceitável. “Acho um absurdo essa minoria destruir as bicicletas, porque a “Vermelhinha” é um bem que a cidade ganhou. Um diferencial de qualquer outra região. Sou morador recente de Maricá e acho que a população tem que se conscientizar um pouco mais, tem que cuidar de tudo que a prefeitura faz, porque quando olhamos ao redor, nada se compara a Maricá”, analisa.
“A ‘Vermelhinha’ é uma das melhores coisas que aconteceu em Maricá. Um patrimônio para a gente utilizar, ir e voltar do trabalho e fazer atividade física”, opina Leandro Oliveira, morador de Itapeba.
Thiago Galvão, morador de São José do Imbassaí, concorda. “Acho um desrespeito gigantesco, porque a prefeitura tem um trabalho enorme de colocar as ‘Vermelhinhas’, de disponibilizar um serviço público desses que não tem em quase nenhuma cidade do país. Algumas pessoas não têm o menor respeito, depredam, ficam subindo na bicicleta do outro, quebrando as coisas. Um negócio ridículo e que tinha que acabar”, opinou.
“Vim para Maricá há seis anos e acho o projeto excelente, principalmente pra mim, que sou sedentária, não gosto de academia, mas amo pedalar”, disse Ivani Dorneles, moradora de Ubatiba que veio da cidade do Rio de Janeiro. “Acho muito triste e lamentável essa depredação. Seria tão importante se as pessoas pudessem cuidar das bicicletas porque é nosso, é de todos e é muito raro um projeto gratuito como esse”, concluiu.