Polícia Civil investiga jovem desaparecido em Itaboraí
Objetivo era encontrar o corpo de um jovem identificado como Felipe Garcia, de 24 anos, que teria sumido no último domingo no bairro de Marambaia, em SG.
Agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG) realizaram, na manhã desta quarta-feira (22), uma operação no bairro Vale do Luar, em Itaboraí, para tentar encontrar o corpo do evangélico Felipe Garcia, de 24 anos, que sumiu no último domingo (18) no bairro de Marambaia, em São Gonçalo, após ser sequestrado por suspeitos de tráfico de drogas da Favela do Galak, em Itaboraí. Segundo os policiais, um traficante conhecido como ‘Felipinho’, teria sido o mandante do crime.
De acordo com o delegado Wellington Vieira, responsável pela operação, a morte teria ocorrido por vingança.
“Há quatro anos esse tal de Felipinho mexeu com a namorada da vítima e ele comprou a briga pela honra da menina. Como ele insistiu, a vítima chamou uns amigos e deu uma surra nele como lição. No último domingo Felipinho reconheceu a vítima em um bar no bairro de Marambaia e fez o sequestrou junto com um amigo e o matou”, disse o delegado.
Ainda segundo as investigações, o primeiro encontro entre o acusado e a vítima se deu, há quatro anos, quando Felipinho ainda não atuava no tráfico de drogas. Como ele, durante esse tempo, conseguiu o status de líder do tráfico do Galak, ordenou aos seus comparsas para “dar o troco” em Felipe, por conta da surra que levou quatro anos atrás.
Ainda segundo Vieira, o próximo passo da polícia é localizar o amigo de Felipe que conseguiu fugir dos criminosos: “Ele é uma testemunha chave que pode saber onde exatamente o corpo de Felipe está. Foi ele quem denunciou o crime e contou para o pai, que comunicou ao pai da vítima. Os parentes dele estão dizendo que ele saiu do Rio de Janeiro temendo por sua vida”.
Cerca de dez viaturas da Divisão de Homicídios percorreram as ruas da localidade e seguiram várias pistas, mas não localizaram o corpo nem vestígios de restos mortais do jovem, que estaria usando uma camisa do seu time do coração, o Fluminense. Três pessoas consideradas testemunhas no caso foram levadas para a sede da especializada, onde prestaram depoimentos.
Quem tiver informações sobre a localização do corpo da vítima ou do paradeiro do suspeito, pode entrar em contato com o Disque Denúncia (2253-1177). O anonimato é garantido.
“Só quero ter o direito de enterrar o meu filho”
O pai de Felipe, o rodoviário Paulo Jorge Garcia, acompanhou todo o trabalho de procura feito pela polícia e disse que estava indignado com a situação na qual foi submetido pelos traficantes.
“Eu só quero ter o direito de enterrar o meu filho. Eu quero encontrar ele e poder dar um enterro digno, ele era um bom garoto e morreu defendendo a honra da namorada”, desabafou Garcia.
Morador de Maricá, ele conta que soube do fato ainda na madrugada de segunda-feira (20), quando recebeu uma ligação de um amigo do bairro contando o que tinha acontecido: “Na hora eu não fazia ideia dos motivos que poderiam ter levado a isso acontecer, mas agora estou indignado e o que posso fazer e confiar no trabalhão da polícia”, disse.
O Fluminense