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Delúbio Soares pode aparecer em Maricá

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O Lei Seca Maricá preparou um super-artigo para você entender a vinda do ex tesoureiro do PT na época do Mensalão para Maricá, ao qual já está Marcelo Sereno e a Maria Helena, confiram:

Preparamos um dossiê completo para o leitor do Lei Seca Maricá entender como o Delúbio Soares pode aparecer na cidade de Maricá

Na semana passada (26/04) aconteceu em Maricá no Salão de Festas – Palladon Festas uma audiência pública com o tema Desenvolvimento Imobiliário onde a empresa Brookfield Incorpações apresentou o empreendimento Fazenda Bom Jardim. O complexo imobiliário será implantado em terreno localizado na área da antiga Fazenda Bom Jardim, dos km 33 ao 36 da Rodovia Amaral Peixoto. Na oportunidade vários empresários da cidade estiveram presentes. 

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Na mais recente edição da revista Época, uma reportagem trata da ressurreição política e empresarial do petista Delúbio Soares. Segundo a revista, Delúbio estaria dando consultoria a uma empresa muito conhecida, a incorporadora Brookfield, ligada à multinacional Brascan, e responsável pela construção, em Cuiabá, do Residencial Bonavita  e segundo o Lei Seca Maricá apurou também é responsável pela construção, em Maricá, do empreendimento Fazenda Bom Jardim. Confira a reportagem da revista Época.

DEU NA REVISTA ÉPOCA: Delúbio Soares volta ao PT, de onde nunca saiu de verdade, e traz com ele os negócios de sua família, tocados à sombra do poder público

Com a estrela no bolso

Diego Escosteguy e Murilo Ramos. Com Marcelo Rocha
DA REVISTA ÉPOCA

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI229659-15223,00-COM+A+ESTRELA+NO+BOLSO.html

Num dia ensolarado em setembro do ano passado, o petista Delúbio Soares encaminhou-se ao complexo empresarial Brasil XXI, no centro de Brasília, entrou pela garagem e se dirigiu à sala 320 do Bloco E. Lá, o grupo petista ligado ao ex-ministro José Dirceu mantém um discreto escritório, destinado a encontros políticos reservados e a negociações obscuras. Na portaria do prédio, uma placa informa que ali funciona a “Lobato Advocacia e Consultoria Jurídica”, do advogado Marthius Lobato. Ele presta serviços ao Fenadados, sindicato petista que reúne trabalhadores de empresas de informática. O Fenadados é chefiado pelo sindicalista Carlos Alberto Valadares, conhecido como Gandola, amigo de Delúbio.

A mesma sala 320 serve de sede oficial de outro escritório de advocacia, do petista e sindicalista Luiz Egami, também amigo de Delúbio e nome ligado a José Dirceu em Brasília. Lobato, Egami e Gandola são personagens desconhecidos do público, assim como Delúbio, companheiro de todos eles, uma vez foi. Nenhum deles tem cargo no governo, mas todos transitam pelos mesmos gabinetes do poder onde o setor do PT capitaneado por Dirceu reina há oito anos. A missão dessa equipe, assim como a de Delúbio sempre foi, é defender os interesses políticos e econômicos do PT. A sala 320 é um dos principais pontos de encontro do grupo.

O próprio Dirceu, o “chefe da organização criminosa” do mensalão, nos dizeres da Procuradoria-Geral da República, costuma frequentar as reuniões na sala 320. Desta vez, porém, ele não estava lá. Numa das salas do escritório, em volta de uma mesa quadrada de vidro, Delúbio e outros sete companheiros reuniram-se para discutir os rumos da campanha de Dilma Rousseff. Dois deles, que frequentam o local, aceitaram contar a ÉPOCA o que se passava ali. Naquela ocasião, a turma de Dirceu debatia formas de captar mais recursos para a campanha de Dilma. Também discutiam estratégias políticas, sobretudo ações em redes sociais como o Twitter, para enfraquecer a candidatura do tucano José Serra. Segundo petistas, políticos e lobistas ouvidos por ÉPOCA, Delúbio fez de tudo para ajudar na campanha presidencial de Dilma.

Ao final da reunião, Delúbio compartilhou com os amigos duas boas notícias. Primeiro, contou que sua vida financeira estava melhorando. “Passei momentos difíceis, mas eles estão me ajudando muito”, afirmou Delúbio, apontando com um aceno de cabeça três torres que se erguiam em frente à ampla janela da sala 320, construídas pela incorporadora Brookfield. Egami, seu amigo e lobista de empresas de informática, deu mais explicações: “Ele (Delúbio) está prestando consultorias para a Brookfield”. Um ano antes, em 2009, a Brookfield vendera duas das torres para a Previ, o bilionário fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil. A Previ não investia em novos imóveis havia nove anos. Valor do negócio: R$ 342 milhões.

A Brookfield também constrói imóveis para o principal programa habitacional do governo, o Minha Casa Minha Vida. Segundo a Caixa Econômica Federal, a Brookfield construiu 1.808 imóveis. Marcelo Borba, executivo da Brookfield s que tocou a venda das torres à Previ e coordena as construções do Minha Casa Minha Vida, é amigo da família de Delúbio. Na reunião, Delúbio não deu mais detalhes sobre a natureza de seus serviços à incorporadora.

Em seguida, deu a segunda boa notícia. “Assim que a Dilma ganhar, eu finalmente volto ao partido”, disse Delúbio. “O Lula já me garantiu.” No último fim de semana, era dada como certa a demonstração de que Delúbio não se jactara levianamente com amigos. Até o fechamento desta edição de ÉPOCA, estava tudo preparado para que o PT aceitasse o pedido de refiliação encaminhado por Delúbio dias antes [Atualização: diretório nacional do partido reintegrou Delúbio]. Fora do partido, o retorno oficial do tesoureiro do mensalão provocou perplexidade, indignação. Dentro, provocou choros catárticos, especialmente dos que, como Delúbio, assumiram o papel de vítimas – dizendo-se injustiçados pela imprensa, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pela Justiça.

Na reunião em que discutiu sua volta, Delúbio apelou ao sentimento que define muitos dos petistas: a lealdade ao partido. “A minha identidade política é a mesma do PT. Preciso da minha identidade política de volta”, afirmou Delúbio em seu discurso. Alguns dos dirigentes petistas lacrimejaram. Nos bastidores, próceres do PT admitem que o retorno de Delúbio deu-se pelo “sacrifício” que ele fez pelo partido. Permaneceu em silêncio quando o PT mais precisou. Se tivesse falado o que fizera e o que sabia, teria causado danos ainda maiores ao partido. É por essa lealdade que o ex-presidente Lula deu aval à volta de Delúbio.

Apesar de dizer que sempre seguiu as ordens de Dirceu e de Lula, Delúbio assumiu a responsabilidade pelo esquema de compra de apoios no Congresso montado pelo PT. É réu no Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa e formação de quadrilha no caso do mensalão. Delúbio também é réu por corrupção ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por seu envolvimento na máfia dos vampiros, que fraudava licitações de medicamentos no Ministério da Saúde – a PF descobriu que parte do dinheiro público foi desviada para o PT. Há um ano, Delúbio foi condenado por improbidade administrativa pela Justiça de Goiás. Ele apresentava declarações falsas para receber salários como professor da rede pública de ensino do Estado. Ele morava em São Paulo quando recebia o salário. Seus direitos políticos foram cassados e ele terá de devolver R$ 165 mil aos cofres públicos.

Os problemas com as autoridades não impediram a volta de Delúbio ao PT nem atrapalharam seus negócios. ÉPOCA descobriu que Delúbio e sua família prosperaram como empresários – sempre perto do poder público, de uma forma ou de outra. Em 2007, Delúbio criou um site para divulgar anúncios imobiliários em Goiânia. Em sociedade com sua irmã, Delma Soares, investiu R$ 30 mil na constituição da Geral Imóveis, que funciona em duas salas minúsculas de uma galeria encravada numa área nobre de Goiânia. Delúbio distribui cartões da empresa em que aparece como diretor. Até metade de 2009, o site era pobre em ofertas de imóveis. Hoje, há ofertas de lançamentos, alguns com valores superiores a R$ 500 mil, loteamentos e fazendas. O site e a empresa também ajudam os interessados a conseguir um financiamento do governo no Minha Casa Minha Vida.

O site de Delúbio Soares agora tem publicidade. Um dos anunciantes é o grupo Brookfield, o mesmo que, segundo Delúbio contou aos companheiros na reunião e reiterou em outras ocasiões, tem lhe ajudado. Em entrevista a ÉPOCA, Marcelo Borba, executivo da Brookfield, negou que Delúbio tenha ajudado na venda dos prédios à Previ – ou em qualquer outro negócio da empresa com o governo. Borba afirmou, no entanto, ter relações com a família de Delúbio. Também contou que se encontrou “algumas vezes, por acaso”, com Delúbio nos últimos meses. (Em 2004, empresas de Borba doaram R$ 75 mil à campanha de um irmão de Delúbio a vereador, em Goiânia.) “Nós costumamos contratar a empresa Brasil Gerais, de Carlos Rubens Soares, irmão do Delúbio, para prestar serviços de logística nas obras da construtora”, afirmou Borba. Ele confirmou que a empresa do irmão de Delúbio participou da construção dos prédios vendidos à Previ. “E de muitos outros”, disse Borba. Ele não informou quanto foi pago à Brasil Gerais.

ÉPOCA foi até a sede da Brasil Gerais, em Goiânia. Trata-se de uma casa sem identificação na porta. Dentro, uma secretária informou que ali funciona a empresa, confirmou que o irmão de Delúbio trabalha no local e que Delúbio frequenta a casa. Ela se recusou a fornecer os contatos dos donos. Nos registros da Junta Comercial de Goiá

s, Carlos Rubens Soares não consta como sócio da empresa.

Logo após a reportagem deixar a sede da Brasil Gerais, na manhã da última sexta-feira, Delúbio ligou para ÉPOCA e disse que não prestaria esclarecimentos. Em seguida, ÉPOCA telefonou duas vezes para Delúbio e questionou-o sobre sua participação na empresa Brasil Gerais e nos demais negócios da família. Delúbio ouviu, pausou por um momento e afirmou: “Não, não vou dar entrevista”.

fonte REVISTA ÉPOCA
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nota de esclarecimento
Mais mentiras na grande imprensa
Por JOSÉ DIRCEU

Matéria publicada na Revista Época desta semana, sob o título “Com a Estrela no Bolso”, é claro exemplo de mau jornalismo: desconheço e nunca estive no escritório da sala 320 no complexo empresarial Brasil XXI, e, obviamente, nunca participei de “negociações obscuras” com grupos partidários ou sindicalistas ali. Também não tenho quaisquer relações com o escritório “Lobato Advocacia e Consultoria Jurídica”, localizado no mesmo endereço, onde também nunca estive. O próprio texto ressalta que eu não estava presente na única reunião que descreve, mas afirma que um grupo ligado a mim – repito: o que não é verdade – opera ali. Trata-se de mais um capítulo da luta política que, para atingir o PT, usa meu nome para espalhar desinformação

Fonte: BLOG DO ZÉ DIRCEU
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OPINIÃO

A piada é a única forma possível de explicar o Brasil
por Josias de Souza

A volta de Delúbio Soares aos quadros do PT comprova o acerto da previsão feita por ele de que, no Brasil, tudo acaba em piada de salão.

No caso de Delúbio, a anedota se parece com aquela do padre e do motorista de ônibus bêbado que chegam ao céu na mesma hora.

São Pedro recebe o motorista bêbado com um sorriso largo. Abraça-o afetuosamente. Sem perguntas, manda-o entrar.

Quando chega a vez do padre, o recepcionista do céu fecha a cara. Pede ao religioso que preencha um longo questionário.

O padre abespinha-se: “Como pode ser? Ele, um notório pecador, entra direto. Eu, um servo de Deus, tenho de responder a perguntas, marcar hora!”

E São Pedro: “É o reconhecimento pelos serviços prestados. Durante as suas missas, os fiéis dormiam na igreja. Quando o motorista bêbado dirigia, todos rezavam”.

Na época em que se descobriu que Delúbio pilotava as arcas do PT como um motorista bêbado, o petismo e o governo Lula aprenderam a rezar.

Mal comparando, a volta do tesoureiro pródigo à sua velha casa equivale ao reingresso do pecador no céu.

Os porteiros do PT não ousariam barrar a entrada daquele que, atendendo às orações, manteve-se calado por tanto tempo.

Agora, o PT luta para instituir o financiamento público das campanhas eleitorais. Argumenta que a grana do contribuinte vai eliminar a corrupão.

Não vai acontecer. Mas o surto de boas intenções retóricas faz da política uma atividade que, da boca pra fora, é das mais honestas.

A pantomima como que restabelece a ordem. Pelo menos até o surgimento do próximo motorista bêbado.

Entre o gogó e o realizado, o Brasil vai ficando no mesmo lugar. Não é um país. É uma piada nova sempre esperando para acontecer. Triste, mas muito divertido.

Fonte: BLOG DO JOSIAS DE SOUZA – FOLHA.COM


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Delúbio Soares, ex-tesoureiro e ex-croque do PT era o responsável por receber a grana de Marcos Valério e repassar aos deputados da base aliada.

Delúbio Soares ficou famoso na Economia pela expressão Dinheiro Não-Contabilizado. Entendam, não existe dinheiro sujo nem criminoso, nem Caixa. Existe dinheiro não-contabilizado. É dinheiro não contabilizado de propina, de corrupção e narcotráfico. Não precisa fazer Lavagem de dinheiro. Basta não contabilizar o dinheiro.
Delúbio valentemente foi depor na CPI e não entregou os colegas do PT . É verdade que ele tomou tanta Maracujina que não falava mais coisa com coisa, mas podem chamar ele de pilantra, mas que não digam que ele foi cagoeta!

Pesquisas:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI229659-15223,00-COM+A+ESTRELA+NO+BOLSO.html
http://desciclopedia.org/wiki/Del%C3%BAbio_Soares

Qual o interesse de tantos “Peixes Grandes” do PT em Maricá? Primeiro foi o Marcelo Sereno ligado ao José Dirceu, agora pode aparecer em nossa cidade o Delúbio Soares.

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