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Prefeitura de Maricá gasta mais de R$ 6 milhões por mês com secretarias

Do in360 – Quantas pessoas são necessárias no comando para se manter uma prefeitura funcionando? É um número relativo. Cada cidade monta seu quadro de secretários e assessores de acordo com o que precisa. A lei de responsabilidade fiscal determina apenas que o gasto com funcionalismo não ultrapasse 60% da receita. Mas mesmo cumprindo a regra, tem número que assusta, e muito.


A soma das secretárias e subsecretarias criadas em Maricá, na Região dos Lagos chega 122. A informação está no site oficial da prefeitura. Foram necessárias três folhas de ofício para imprimir a estrutura funcional da administração de Maricá: 26 secretarias e 96 subsecretarias.

Algumas tem nomes e funções curiosas como a subsecretaria Municipal de Apoio aos Condomínios do Gabinete do Vice Prefeito. Divisões tratam do mesmo tema. Há a Subsecretaria Para Assuntos Políticos da Federação e a Subsecretaria de Acompanhamento de Projetos Federativos. O gabinete do prefeito tem 12 subsecretarias, a do Meio Ambiente e Urbanismo 19 subsecretarias.

Até na capital do estado, que tem quase 50 vezes a população de Maricá, a estrutura é mais enxuta. Maricá tem cerca de 130 mil habitantes, a cidade do Rio de Janeiro tem mais de 6 milhões. Em Maricá são três secretarias a mais e quase o dobro de subsecretarias.

No Rio são 23 secretarias e 40 subsecretarias – 63 cargos de comissionadoas.

Cabo Frio também tem população maior cerca de 187 mil habitantes, e 17 secretarias, 11 subsecretários e 14 coordenadorias – 42 CCS.

Na folha de pagamento da prefeitura de Maricá R$ 6 milhões e 300 mil por mês são gastos para pagar quase 4 mil funcionários. Só com as secretarias e subsecretarias, são R$ 362.500 mil mensais. O salário bruto de cada secretário é de R$ 6 mil e dos subsecretários R$ 2.500. Em um ano a soma é de R$ 4 milhões e 350 mil. Há ainda 10 superintendências, 9 diretorias e 4 subprocuradorias. A definição destes cargos foi do subsecretário da Casa Civil, Juvandir Coutinho Valente.

Mas 11 subsecretarias não estão funcionando. E alguns funcionários acumulam funções sem receber nada a mais por isso.

O BNDES liberou R$ 10 milhões e 500 mil para o programa de modernização administrativa e tributária, o PMAT. As reformas já estão ocorrendo no prédio e estão fazendo um estudo em parceria com a Universidade Federal Fluminense para enxugar a máquina pública.

A expectativa é reduzir para até 19 o número de secretarias e enxugar as subsecretarias.

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