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Professores do RJ decidem manter greve

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Professores saíram da Cinelândia e seguiram em passeata até a Alerj. Rede pública de ensino está em greve desde o dia 8 de agosto.

Os professores da rede estadual do Rio de Janeiro se reuniram por volta de 12h desta terça-feira (27), na Cinelândia, no Centro do Rio, em protesto. Segundo a PM, cerca de mil profissionais de ensino seguiram em passeata até a Assembléia Legislativa do Rio, onde decidiram manter a greve, iniciada em 8 de agosto.

Professores da rede estadual decidiram manter a greve. (Foto: Cristiane Cardoso/ G1)

Professores da rede estadual decidiram manter a greve.
(Foto: Cristiane Cardoso/ G1)

“A reivindicação é de reajuste de 16%. Com esse valor, temos reposição salarial imediata. E uma matrícula em uma escola para os professores. Nenhuma disciplina em menos de dois tempos. Não é só o reajuste, são reivindicações pedagógicas para garantir uma boa educação para os alunos. Se o professor tem uma matrícula numa escola, ele pode se dedicar a uma turma, não precisa se deslocar tanto”, afirmou a coordenadora geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ), Marta Moraes.

Por meio de nota, a Secretaria de estado de Educação informou que recebeu uma lista de professores que trabalham em três escolas ou mais. No entanto, disse que menos de 5% dos docentes encontram-se nesta situação, embora “compartilhe a opinião sobre a fidelização de uma matrícula por escola. Alerta, porém, que a mudança não pode ser feita imediatamente”. O argumento é que a medida deixaria 200 mil alunos sem aulas.

Veja as reivindicações dos professores do RJ. (Imagem: Editoria de Arte/Folhapress)

Veja as reivindicações dos professores do RJ.
(Imagem: Editoria de Arte/Folhapress)

Segundo Marta, coordenadora do Sepe, no entanto, o governo não estabeleceu diálogo com a categoria e não fez contraproposta em relação ao reajuste pedido pelos professores. “Vamos ter uma audiência na próxima sexta-feira (6). O Governo do Estado diz que não tem um centavo para o reajuste. Tem dinheiro para a Copa, para tudo, tem que ter dinheiro pra saúde e educação”, completou.

Ainda segundo Marta Moraes, o piso salarial do professor da rede estadual é de R$ 1.080, já com reajuste que foi conquistado em abril, de 8%. A Secretaria de Educação informou que esse valor corresponde ao piso minimo para 16 horas de trabalho. De acordo com a pasta, o professor que trabalha 30 horas semanais recebe R$ 2.028 e por 40 horas o valor do salário é de R$ 2.704.

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