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Gasolina ficará mais cara até dezembro

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O preço da gasolina, que já subiu 2,15%, em 2013 até agosto, para o consumidor deve apresentar reajuste total de 5%, no acumulado do ano. Previsão é do Banco Central (BC).

O preço da gasolina, que já subiu 2,15%, em 2013 até agosto, para o consumidor deve apresentar reajuste total de 5%, no acumulado do ano. A previsão é do Banco Central (BC), que divulgou ontem o Relatório Trimestral de Inflação.

Abastecer com gasolina deverá ficar mais caro até dezembro. (Foto: Renato Araújo | Agência Brasil)

Abastecer com gasolina deverá ficar mais caro até dezembro. (Foto: Renato Araújo | Agência Brasil)

A gasolina é um dos produtos com preços administrados, que têm apresentado alta menor que a de preços livres, segundo o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo. Mas, de acordo com o diretor, é natural que adiante haja um estreitamento dessa distância entre os produtos com preços administrados e livres.

“Na medida em que os administrados passam a subir mais e os outros diminuem, isso não é um problema. Tem que olhar o conjunto como um todo. Estamos trabalhando para que a inflação como um todo venha abaixo”, disse o diretor.

Araújo acrescentou que ainda há bastante trabalho a ser feito no combate à inflação. 

“A inflação está alta. Está desconfortável, como o próprio presidente do BC, Alexandre Tombini reconheceu. Mas isso é uma situação que pode evoluir para melhor, a depender das ações que forem tomadas ao longo do tempo”, disse.

Com a alta da inflação, neste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, em abril, e em 0,5 ponto percentual em maio, julho e agosto. Atualmente, a taxa está em 9% ao ano. A próxima reunião do Copom será nos dias 8 e 9 de outubro. A Selic é usada para influenciar a atividade econômica, e por consequência, a inflação.

Estimativa – A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 5,8%, este ano. A estimativa também consta no Relatório Trimestral de Inflação. A projeção ficou 0,2 ponto percentual abaixo da previsão divulgada em junho (6%).

Para 2014, a probabilidade é que a inflação fique em 5,7%, ante 5,4% previstos anteriormente. No caso da inflação acumulada em 12 meses no final do terceiro trimestre de 2015, a estimativa é que caia para 5,5%.

Essas projeções são do cenário de referência, com base na taxa básica de juros, a Selic, no atual patamar (9% ao ano) e o dólar a R$ 2,35.

O Banco Central também divulga estimativas do cenário de mercado, em que são usadas projeções de analistas de instituições financeiras para a taxa Selic e câmbio. Nesse caso, a inflação, este ano, deve alcançar 5,8%, a mesma do relatório de junho.

Para o próximo ano, a inflação deve ficar em 5,7%, ante 5,2% previstos anteriormente. A projeção para a inflação acumulada em 12 meses no final do terceiro trimestre de 2015 é 5,4%.

Todas as estimativas para a inflação estão acima do centro da meta que é 4,5% e têm margem de dois pontos percentuais. Cabe ao BC perseguir a meta de inflação.  O principal instrumento que influencia a atividade econômica e, por consequência, a inflação, é a taxa Selic. 

No cenário de referência, a probabilidade de a inflação ultrapassar o limite superior da meta (6,5%) ficou em aproximadamente 17%, este ano, e em 29% para 2014.  

A inflação baixa e estável não é uma panaceia, mas contribui para o crescimento sustentável do país. A avaliação é do diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Araújo. Para ele, a inflação baixa não resolve todos os males da economia, mas é uma pré-condição ao crescimento econômico sustentável.

O FLUMINENSE

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