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Itaipuaçu: Residencial do ‘Minha Casa, Minha Vida’ foi feito em uma das áreas mais baixas da região

Tragédia anunciada? Há mais de dois anos um grupo de moradoras mostraram que o local de baixada poderia encher devido às chuvas

O residencial Carlos Marighella, do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ foi construída e inaugurado há menos de um ano em uma área de constantes inundações e ao lado de um canal assoreado. Hoje, milhares de pessoas que moravam no local tiveram que abandonar devido ao alagamento.
Bastamos entrar no Google Earth e ver imagens de satélites que mostram que o local onde o residencial foi construído é uma das áreas mais baixas do distrito de Itaipuaçu, em Maricá.

As imagens de satélite mostram a elevação da área, e bem no meio do residencial Carlos Marighela fica a apenas 3 metros de elevação do nível do mar, quando a média de Itaipuaçu é de 5 metros, sendo possível, em muitos lugares, a ficar em 7 ou 8 metros.

Áreas mais baixas são mais propensas a acumular mais água e causar enchentes.

Áreas mais baixas são mais propensas a acumular mais água e causar enchentes.

Em fevereiro de 2013, há exatos 3 anos, a moradora de Itaipuaçu Mariana Thomme esteve nas obras do residencial do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e constatou que as casas estavam sendo construídas abaixo do nível da rua. “Bem debaixo de nossos narizes, pessoas serão “jogadas/depositadas” nesse submundo federal. Mais um curral (literalmente) eleitoreiro.” Comentou ela, na época.

Nossa equipe de reportagem esteve no local, também em 2012, e constatou que durante as chuvas, as obras eram paralisadas, pois o local era propício a alagamentos. Questionamos às autoridades se isso não era previsto, já que estudos foram feitos para construir um empreendimento de quase R$ 100 milhões numa área onde alagamentos poderiam acontecer.

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