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Maricá: Bancários recusam nova proposta e continuam em greve

Depois de mais de cinco horas de reunião, os bancários rejeitaram a nova proposta dos bancos na mesa de negociação. Na proposta, os bancos insistiram no reajuste já oferecido de 7%, mas ofereceram deixar acordado aumento real de 0,5% para 2017. A mobilização completou nesta quarta-feira 23 dias e já é a mais longa da categoria, superando a do ano passado que durou 21 dias.
Esta foi a nona rodada de negociação entre os trabalhadores e a Federação dos Bancos (Fenaban) e é a segunda vez que os bancários rejeitam na mesa uma proposta. Os bancários pleiteiam 14,78% de reajuste. A reunião de hoje ocorreu em duas partes, a primeira na terça-feira e a segunda iniciada às 15 horas de quarta.

Juvandia Moreira, uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários e presidente do sindicato da categoria em São Paulo, disse ao GLOBO que os pontos mais importantes da pauta de reivindicações são o índice de reajuste salarial e a garantia do emprego. Segundo ela, os bancos não têm cedido justamente nestes pontos.
— Esse reajuste oferecido representa uma perda real de 2,8% nos salários. E eles não querem se comprometer com a manutenção do emprego. Os bancos poderiam ter acabado com a greve hoje, mas eles não quiseram — afirmou Juvandia.
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Os sindicatos de todo o país têm assembleias marcadas para segunda-feira para decidir sobre o futuro da mobilização. Não há na agenda nova rodada de negociação com os bancos agendada.
Os trabalhadores pleiteiam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real e 9,31% de correção da inflação; participação nos lucros e resultados de três salários mais R$ 8.297,61; piso salarial de R$ 3.940,24; vales-alimentação, refeição, décima-terceira cesta e auxílio-creche/babá no valor do salário mínimo nacional (R$ 880); 14º salário; fim das metas abusivas e assédio moral; fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e à precarização das condições de trabalho; mais segurança nas agências bancárias e auxílio-educação.
Os bancários entregaram a pauta de reivindicações no dia 9 de agosto. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) tem validade nacional. Em todo o país, a categoria soma cerca de 512 mil pessoas.
Matéria: Roberta Scrivano / O Globo

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