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Maricá: Fiscalização do comércio informal em Ponta Negra

Agentes da Secretaria de Segurança Pública de Maricá realizaram na manhã do último sábado (21/01) uma ação de orientação junto aos vendedores ambulantes de Ponta Negra. Com apoio de guardas municipais do Grupamento Tático Operacional (GTO), o grupo passou pelos locais de maior circulação do bairro como a praça, o canal e a praia, todos com grande concentração de barracas. A ação teve um caráter apenas educativo e não houve nenhuma autuação ou apreensão de materiais, mas todos receberam orientações sobre posicionamento dos pontos e também sobre os produtos a serem vendidos. Mercadorias como óculos e CDs piratas não serão permitidas. Os donos foram orientados a comparecer à sede da secretaria a partir desta segunda-feira (23/01) e preencherem um cadastro. Enquanto alguns dos ambulantes garantiram que irão cumprir o trâmite legal, outros apresentaram documentos ou protocolos de entrega. “Já fomos lá e levamos tudo que era necessário para nos cadastrar. Acho que o caminho é esse mesmo, para todo mundo andar em dia”, pontuou Vinícius Furtado da Silva Júnior, de 33 anos, dono de uma carrocinha que vende bebidas e petiscos às margens do canal com a esposa. A mesma análise foi feita pelo casal Lúcio da Costa Oliveira e Márcia da Silva, que vendem pastéis em uma barraca também à beira do canal. “Temos de andar com tudo certo porque sustentamos nossa família com isso e não podemos perder”, ressaltou Lúcio, de 35 anos. A principal queixa da maioria dos ambulantes é a presença de pessoas que são de fora de Maricá, se instalam em épocas festivas e vão embora em seguida. “Tem muita gente que é de São Gonçalo ou de Itaboraí que vem, para do lado da gente com um isopor vendendo cerveja, por exemplo, de forma ilegal, sem permissão para estar aqui. A gente poderia faturar mais e não consegue por causa disso”, relatou uma vendedora, que trabalha na praia e preferiu não se identificar. De acordo com a secretaria, a prioridade na concessão das licenças será para os moradores da cidade. Não há ainda um número preciso, mas procura já é considerada grande tanto para o Carnaval – cujo prazo termina nesta quarta-feira (25/01) – quanto para os barraqueiros que vão trabalhar fixamente no bairro. “Para estes, vamos fazer uma pesquisa mais minuciosa para conceder a permissão. Queremos impedir que os desordeiros ocupem nossos eventos, mas pessoas de outros municípios serão bem vindas para nos visitar e prestigiar nossa cidade”, pontuou o secretário Celso de Almeida Netto, acrescentando que o trabalho de orientação estará também em outras partes da cidade.

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