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Maricá: Prefeitura distribuí mais de 10 toneladas de abóboras

Mais de 10 toneladas de abóboras, colhidas pela Prefeitura na primeira safra de frutas e legumes orgânicos plantados na Fazenda Ibiaci, no Espraiado, foram distribuídas, gratuitamente, nesta manhã de quinta-feira (04/04). A doação foi realizada para moradores do Barroco, em Itaipuaçu, para os 23 alunos da Escola Filantrópica de Educação Infantil Profº Juarez Mangia (Lar dos Pequeninos), em Itaipuaçu, para os 980 alunos de ensino fundamental e médio do CIEP 391 Robson Mendonça Lou, em Inoã, e também para atender os pacientes do Hospital Conde Modesto Leal.

A ação foi feita pela equipe da secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca. O secretário da pasta, Júlio Carolino, destacou a importância do cultivo de alimentos orgânicos e agroecológicos na fazenda pública de dois milhões de m². “Estamos oferecendo alimentos sem agrotóxicos, que não usam adubos nem defensivos químicos, de uma área pública. São abóboras, melancias, onde já colhemos 3,6 toneladas, aipim e, futuramente, berinjela”, afirma Julio Carolino.

De acordo com o agrônomo da secretaria, Miqueias Permanhani, foram colhidos três tipos de abóboras (mini paulista, jacarezinho e menina rajada) que são excelentes para uso culinário, como doces, consumo com carnes e refogados. “Nesse primeiro plantio, numa área de descanso, há poucas pragas. Temos a meta de fazer uma rotação de cultivo. A terra da fazenda é muito fértil e tudo que se planta, dá”, destacou o profissional. Após 90 dias do plantio, as abóboras foram colhidas na última terça e quarta-feira (2 e 3 de abril), selecionadas, eliminando as que pudessem estar estragadas e colocadas no caminhão para seguir para a doação.

Um dos pontos de distribuição, no Caminhão do Peixe, no Barroco, os moradores de Itaipuaçu agradeceram a iniciativa da Prefeitura. Terezinha Fátima Motta, de 63 anos, aproveitou que foi comprar tainha e saiu com uma sacola de abóboras para ela e sua família. “Que atitude maravilhosa. Todo mundo precisa. Vou fazer abóbora com carne seca e com linguiça. E o melhor não tem agrotóxico, totalmente saudável”, declarou. O aposentado Jorge Guerra, de 63 anos, também aproveitou que comprou oito quilos de peixe e pegou uma sacola. “Pequenas atitudes geram grandes resultados. Se tem uma área que a prefeitura pode cultivar e gerar o bem para as pessoas, comida no prato, é sensacional. E o fato de ser orgânico só vai fazer bem para nossa saúde”, destacou. O morador do Barroco, Glênio Balbino Rosa, de 56 anos, ressaltou a importância da fazenda pública. “Esse é o caminho. Ensinar as pessoas a produzir seu próprio alimento”, frisou.

O Lar dos Pequeninos, uma entidade filantrópica mantida exclusivamente por doações, que atende 23 alunos de dois a cinco anos, também recebeu três caixas de abóboras. A nutricionista voluntária da creche, Cristiane Maia, disse irá mudar o cardápio semanal dos alunos para aproveitá-las. “Sensacional essa atitude. As crianças entram às 7h30 e vão embora às 17h30, tomam café da manhã, colação, almoçam, lanche da tarde e o jantar. A gente precisa desses alimentos, principalmente por serem orgânicos. Nossa palavra é gratidão”, ressaltou. A diretora do espaço, Patrícia Carvalho, declarou que o objetivo da entidade é fazer a diferença na vida dessas crianças. “Queremos permitir que essas mães possam trabalhar e, dessa forma, gerar renda para essas famílias. Toda contribuição é sempre bem-vinda. Como tudo aqui acontece por meio de doação, essas abóboras contribuem muito para a alimentação de nossos pequenos. Muito obrigada mesmo”, acrescentou.

Outro ponto de distribuição foi o Ciep 391 Profº Robson Mendonça Lou, em Inoã, para ajudar na merenda dos 980 alunos do ensino fundamental e médio. O diretor geral da unidade escolar, André Araújo, também elogiou a iniciativa. “Mais do que tudo é importante valorizar a questão da agricultura familiar. Hoje, há um grande problema no Brasil, que é a concentração da produção para poucos. É fundamental o acesso à terra para as famílias o que permite geração de emprego, de renda e, consequentemente, o barateamento dos produtos. Temos uma horta na escola para valorizarmos a questão de alimentos livres de agrotóxicos. Muitos alunos aqui têm a merenda como a única refeição do dia e digo que ainda bem que podemos dar uma merenda de qualidade sem produtos químicos. A prefeitura está de parabéns”, concluiu.

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