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Maricá: Uso obrigatório de máscara sanitária e multa em caso de descumprimento

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Em transmissão realizada nas redes sociais nesta terça-feira (28/07), o prefeito Fabiano Horta fez um balanço das medidas de combate à pandemia de Covid-19 em Maricá ao longo de 130 dias. Em tom de alerta à população Horta abriu sua fala ressaltando que, apesar de a cidade ter tido comportamento exemplar, qualquer percepção de vitória sobre a Covid-19 se foi com os 81 maricaenses que perderam suas vidas para a doença.

“É esse luto coletivo que justifica uma ação de chamar a atenção para as medidas de isolamento. É um estágio muito perigoso, enganoso, do combate ao coronavírus, em que há sinalizações de que a volta ao normal está dada, e isso não é verdade. Se essa normalidade se estabelecer, vamos voltar a uma curva de contágio que vai aumentar muito, e vamos tomar as decisões necessárias para que isso não atinja a vida das pessoas”, afirmou o prefeito.

Para evitar que os maricaenses relaxem no cuidado com a doença, Horta declarou que enviou à Câmara Municipal um projeto de lei que endurece as punições a quem não usar máscara nas vias públicas, com advertência e multa para pessoas físicas e empresas que permitirem o acesso de pessoas sem máscara.

Secretário de Relações Institucionais, João Maurício afirmou que a Prefeitura iniciará, no próximo fim de semana, a distribuição de 250 mil máscaras em locais de grande circulação de pessoas de Itaipuaçu, Inoã, São José do Imbassaí, Centro e Ponta Negra.

“A máscara é o instrumento mais potente para impedir a disseminação do vírus e infelizmente notei, no último fim de semana, um relaxamento da população no uso das máscaras. Os números não traduzem a necessidade de uma mudança de estágio. O comércio tem que se autofiscalizar para que a aglomeração não aconteça. É um pacto coletivo e necessário”, reforçou o prefeito.

Fabiano Horta também mencionou as medidas de suporte social e econômico tomadas desde o início da quarentena, que segundo ele representam um diálogo entre saúde, assistência social e economia que indicam um caminho seguro para a cidade. “Desde março, já foram mais de R$ 200 milhões injetados no suporte à atividade econômica e de apoio aos mais vulneráveis, criando uma rede de proteção econômica e social e ajudando a preservar a vida”.

A secretária de Saúde, Simone Costa, lembrou que todos aprenderam a viver na pandemia, a usar máscara, a manter o distanciamento.

“O importante é manter essas ações, iniciadas há 130 dias. O coronavírus não tem cura, estamos longe de uma vacina, a pandemia ainda não acabou. Os números de infectados têm aumentado porque estamos testando mais moradores. Já foram mais de 38 mil exames realizados. Assim temos dados mais precisos e podemos iniciar o tratamento de maneira precoce, impedindo a evolução para um quadro de maior gravidade”, explicou ela, que também reafirmou a necessidade de manter o cuidado com os idosos.

“O idoso deve evitar ir à rua, evitar o contato social. Mas há necessidade de fazer exercícios físicos, por isso o programa conjunto com a Secretara de Esportes para que esses idosos recebam vídeos com aulas e se exercitem em casa”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Magnum Amado, por sua vez, afirmou que o pacote de medidas econômicas adotado – o Programa de Amparo ao Trabalhador (PAT), o Programa de Amparo ao Emprego (PAE) e o Fomenta Maricá – foi pensado também para que o isolamento pudesse ser cumprido.

Segundo ele, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do governo federal, mostram que Maricá tem gerado mais empregos que fechado vagas – é o sexto mês seguido em que a cidade tem saldo positivo na abertura de postos de trabalho.

“Mais de R$ 10 milhões já foram liberados pelo Fomenta Maricá para que empresas se mantenham funcionando. Com o PAT e o PAE, garantimos empregos formais e ajudamos os informais a terem uma renda nestes tempos de isolamento, em que muitos deixaram de exercer suas atividades profissionais. Precisamos do apoio de empresários e trabalhadores para que, gradativamente, retomemos a vida no chamado novo normal”, concluiu.

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