Maricá: Funcionários do Hospital Che Guevara reclamam de atraso no pagamento dos salários
Os funcionários da linha de frente no combate à Covid-19 do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em Maricá, estão passando por dificuldades que vai além da alta demanda de trabalho.
Dezenas de trabalhadores da unidade de saúde especializada no tratamento da doença causada pelo novo Coronavírus entraram em contato com o ‘Maricá Info‘ para relatar o problema com o atraso no pagamento de salários. Os colaboradores que arriscam as próprias vidas para salvar às dos pacientes sofrem com o abalo financeiro em não poder contar com o pagamento.
Muitos ainda relatam que foram contratos pela OS ‘Centro de Excelência em Políticas Públicas’ (CEPP), e que o contrato findou em março e até agora todos estavam trabalhando sem contrato de trabalho. “Estamos com o salário atrasado, o pior o contrato com eles terminou dia 19/03, e ninguém ficou sabendo, estávamos trabalhando sem contrato.” Comentou um funcionário que denunciou o caso e prefere não ser identificado. “Isso e uma falta de respeito, na hora de ajudar a salvar vidas, ficar na linha de frente, aí nos prestamos.” Concluiu.
Outra funcionária, gestante, também reclama da falta de pagamento e cobra providências com os trabalhadores do hospital. “Sou gestante de 7 meses, trabalhei até então, porém não recebi nada, nem resposta, nem salário do último mês e nem rescisão! A ‘CEPP’ saiu do hospital e não deu informações nenhuma sobre nossa situação! Muito triste trabalhar gravida na pandemia dentro de um hospital e ainda passar por isso ! Sou eu e mais umas 6 gestantes.” Comentou a funcionária.
Vale destacar que em 2021 a CEPP recebeu da Prefeitura de Maricá o montante de R$22,5 milhões.
Debandada de especialistas
Segundo informações de funcionários do hospital Che Guevara, os médicos especialistas estão pensando em sair da unidade de saúde devido ao atraso no pagamento e no desrespeitos com os profissionais.
Questionamos a prefeitura de Maricá em relação ao problema no atraso dos salários dos profissionais de saúde, mas até o fechamento desta matéria não havíamos recebido uma resposta.
