Maricá: MARAEY poderá ter fazenda solar e gerar até 13,1 GWh por ano de energia elétrica
Projetos de fonte limpa serão capazes de gerar a energia equivalente ao consumo de 4.500 residências
O empreendimento MARAEY, que será construído em Maricá, Costa do Sol do Rio de Janeiro, contará com diversas alternativas para transformação da energia solar em energia elétrica. Na primeira fase de construção, o projeto prevê a instalação de mais de 17 mil metros quadrados de inovadores vidros fotovoltaicos em fachadas, claraboias, coberturas de pérgulas e marquises, além de quase 57 mil metros quadrados de painéis solares fotovoltaicos, distribuídos nas coberturas da maioria das edificações, ou em pequenas fazendas solares, localizadas nos lotes de infraestrutura, como no caso das ETEs. A previsão de geração é de cerca de 13,1 GWh, em média, por ano – o que equivale ao consumo anual de 4.500 moradias, ou de aproximadamente 13 mil habitantes.
“Estamos utilizando as mais avançadas tecnologias do mercado para desenvolvermos um empreendimento exemplar e, consequentemente, ajudar na criação de uma comunidade mais sadia, sustentável e resiliente”, afirma Emilio Izquierdo, CEO de MARAEY. O projeto já carrega selos de reconhecimento mundial como BIOSPHERE, o primeiro projeto de iniciativa privada do mundo a conquistar o selo de Destino Turístico Sustentável, a pré-certificação SITES GOLD, o primeiro na tipologia de uso misto em toda a América do Sul, e recentemente recebeu o prêmio 2021 Leadership Award para América Latina do U.S. Green Building Council. “Essas chancelas mostram que estamos no caminho certo e seguimos nossos esforços para entregar um novo destino turístico e residencial que seja referência em desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo”, complementa.
O executivo reforça ainda a criação da AGENDA EESG 2030. O investimento será da ordem de R﹩ 1 bilhão nos próximos nove anos, o que representa, aproximadamente, 10% do valor de investimento total do projeto. “MARAEY aderiu ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), confirmando seu compromisso de contribuir para o cumprimento da agenda global de sustentabilidade, em linha com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, afirma Emilio.
Fachadas de vidro convertidas em minigeradores de energia
A utilização de vidros fotovoltaicos é uma tecnologia nova no Brasil e MARAEY é um dos primeiros projetos do país a utilizá-la. Sua função é absorver a radiação solar transformando-a em energia elétrica de forma a complementar a demanda interna da edificação. No empreendimento, os vidros fotovoltaicos serão empregados como soluções arquitetônicas que, em alguns casos, substituirão o vidro convencional e como materiais de vedação em fachadas, coberturas de pérgulas, guarda corpo de varandas e claraboias nas edificações como, por exemplo, nos hotéis, centro comercial, edifícios corporativos, centros desportivos e educativos.
Alguns elementos das fachadas podem se converter em minigeradores de energia nas edificações. Ao fornecer o mesmo isolamento térmico que o vidro convencional, junto com a capacidade de gerar eletricidade limpa do sol, os vidros fotovoltaicos permitem que os edifícios melhorem significativamente sua eficiência energética, contribuindo assim para a redução dos custos de operação e manutenção, e por fim, reduzindo sua pegada de carbono.
Outra tecnologia a ser utilizada em MARAEY serão os painéis solares fotovoltaicos, cuja instalação se dará no telhado dos edifícios e em lotes de infraestrutura com áreas maiores, como por exemplo nas áreas próximas às Estações de Tratamento de Esgoto (ETES), onde o terreno se transformará em “fazenda solar”.
A energia procedente de fontes renováveis a ser gerada pelo empreendimento será empregada para o consumo interno dos edifícios e/ou elementos comuns da infraestrutura, podendo inclusive ser direcionada a rede de energia da concessionária, gerando assim um crédito junto à distribuidora. Em MARAEY, a produção de eletricidade será utilizada principalmente para atender, em grande parte, a demandas das áreas comuns dos edifícios, bem como para a infraestrutura geral. Como exemplos temos: 1) os pontos de ônibus do complexo, que serão alimentados por painéis solares, fornecendo sinal de internet gratuito para moradores, visitantes e turistas; 2) a complementação do fornecimento de energia para as ETEs; 3) alimentação dos sistemas de irrigação.
Mais de 35% da energia gerada por fontes limpas
Através da geração de até 13,1 GWh por ano, o intuito é que mais de 35% da energia elétrica a ser gerada nas áreas comuns e nas edificações de MARAEY já seja atendida por meio de fontes limpas.
Além da energia solar, MARAEY está desenvolvendo atualmente estudos técnicos e de viabilidade para o emprego de outras fontes renováveis de energia, como biogás, gerada a partir do processo de tratamento de esgoto, e energia eólica, com mini turbinas de eixo vertical. Estuda-se ainda a geotermia, processo de troca de calor com o solo que, uma vez incorporado nos sistemas de climatização das edificações, possibilitaria uma redução importante do consumo de energia elétrica.
Mobilidade sustentável e redução das emissões poluentes
O objetivo é que 55% da frota que circulará em MARAEY seja de veículos elétricos ou híbridos. Para abastecê-los, o empreendimento disponibilizará postos de recarga em vagas de estacionamento, tanto de acesso público, em diversos pontos do complexo – como nos centros comerciais, desportivos, hotéis, prédios de escritórios e centros educacionais -, quanto em todas as residências. A estimativa, quando o empreendimento estiver em plena operação, é que mais de 8 mil veículos híbridos e elétricos circulem pelo complexo.
MARAEY terá ainda a maior ciclovia em empreendimentos privados no Brasil, com cerca de 20km de extensão, além de incorporar o sistema de bicicletas compartilhadas e incentivar o uso de transporte sustentável.
Sobre MARAEY
Em seu braço turístico, o empreendimento contará com quatro hotéis cinco estrelas, que receberão uma média de 300 mil turistas por ano: um luxuoso eco-boutique resort, um resort temático de luxo, um hotel desenhado para ser o mais icônico resort de convenções à beira-mar do país e o MARAEY Golf Resort, ao redor de um campo de golfe sustentável de padrão internacional de 18 buracos.
MARAEY, que terá a filosofia de uma Smart City, oferecerá ainda novas moradias de diferentes tipologias (multifamiliar, duplex e casas) com serviços integrados como escola, hospital, shopping e negócios, além de inúmeras atividades de lazer e esportivas. O empreendimento inclui, também, uma universidade de hotelaria de padrão internacional, para posicionar Maricá como um polo de formação especializada na América Latina.
Com uma taxa de ocupação predial de apenas 6,6% do terreno, será criada dentro do empreendimento a segunda maior Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) de restinga do Estado do Rio. O projeto inclui ainda um centro de pesquisas ambientais que conta com o apoio de renomadas instituições acadêmicas como UFRJ, UFF, UFRRJ, UFES e FURG.
O projeto do complexo prevê, também, a criação do Maria Esther Bueno Tennis & Sports Club, um centro esportivo com oito quadras de tênis em saibro, grama e piso duro – o que o tornará o único no país a oferecer as três tipologias presentes nos grandes torneios internacionais . Parte da receita do centro esportivo será destinada a projetos sociais para impulsionar, através do esporte e da educação, ações sociais em municípios do entorno de Maricá.
O investimento privado previsto para o empreendimento é da ordem de R﹩ 11 bilhões, com arrecadação de impostos de R﹩ 7,2 bilhões durante os primeiros 14 anos (construção e consolidação de vendas) e mais R﹩ 1 bilhão anual na operação. A previsão é de um aquecimento na economia do Estado do Rio, com a geração de 36 mil empregos quando MARAEY estiver em pleno funcionamento.
As cerca de 200 famílias de pescadores que vivem na comunidade de Zacarias, dentro da área do empreendimento, serão beneficiadas pela regularização fundiária, com cessão de título de propriedade e entrega de escritura definitiva aos moradores. MARAEY incentivará, ainda, a cultura e a pesca locais, com programas de recuperação da Lagoa de Maricá, de repovoamento de espécies nativas e de resgate e de divulgação da memória familiar de Zacarias, através da criação da Casa do Pescador Artesanal.