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Maricá fará estudo de viabilidade para exploração do hidrogênio natural

O 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio, que aconteceu na Barra de Maricá, concluiu suas atividades nesta quarta-feira (31/05) com a entrega de uma carta ao Brasil contendo os principais pontos discutidos pelos especialistas, além do anúncio da elaboração de uma política nacional de transição energética pelo Ministério de Minas e Energia. Além disso, Maricá realizará um estudo de viabilidade econômica para explorar a presença de hidrogênio natural no município.

No primeiro painel do congresso, realizado na segunda-feira (29/05), especialistas identificaram Maricá como uma cidade com potencial para a produção de hidrogênio natural. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Igor Sardinha, afirmou: “Isso pode colocar Maricá na vanguarda mundial da questão do hidrogênio”. O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), Hamilton Lacerda, acrescentou: “Esse futuro próspero do hidrogênio como combustível terá Maricá no centro das atenções”.

No terceiro dia do evento, houve palestras e painéis sobre reindustrialização com hidrogênio, a participação das mulheres no mercado de hidrogênio, políticas indutivas para a adoção da energia do hidrogênio, regulação e certificação, inovação e hidrogênio natural.

Com o tema “Transição Energética, Descarbonização e Reindustrialização com o uso do Hidrogênio”, o congresso foi organizado pela Associação Brasileira do Hidrogênio em parceria com a Prefeitura de Maricá. Essa iniciativa reforçou o pioneirismo da cidade na adoção de políticas voltadas para o desenvolvimento de várias cadeias de valor relacionadas ao hidrogênio, especialmente sua comercialização e uso. O evento contou com a participação de mais de 30 entidades brasileiras e internacionais, incluindo órgãos públicos, empresas e associações de países como França, Espanha e Reino Unido.

Pensando na economia pós-royalties do petróleo, Maricá criou a Política Municipal do Uso do Hidrogênio com o objetivo de desenvolver tecnologias e produtos a partir do “combustível do futuro”. Para isso, vai oferecer incentivos fiscais a empresas e indústrias que se instalarem na cidade utilizando energia limpa.

A política foi instituída pela lei 3.110 de 10 de março de 2022, com uma série de objetivos, entre eles aumentar a participação do hidrogênio na matriz energética do município, estimular o uso de em suas diversas aplicações, em especial, como fonte energética e para a produção de fertilizantes agrícolas, contribuir para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa para o enfrentamento das mudanças climáticas, entre outras.

Considerado o combustível do futuro, o hidrogênio verde, obtido a partir de fontes renováveis e sem emissão de carbono, como a eletrólise, pode ter diversos usos, como em pilhas a combustível (móvel e/ou estacionária), na indústria química/petroquímica, siderúrgica, cimenteira, e também pode ser adotado em veículos leves e pesados. Na agroindústria, pode ser utilizado na confecção de amônia, fertilizantes, produtos hidrogenados, entre outros.

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