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Maricá terá nova escola para idosos

Programa Escola Municipal para Idosos Milton Felipe Muniz, lançado no mês de agosto de 2023 com 84 alunos, terá terceira unidade. Alunos já se reúnem em dois polos: Casa da Terceira Idade do Centro e de Itaipuaçu

A Secretaria Municipal de Educação anunciou na última segunda-feira (25/09) na 8ª Festa Literária Internacional de Maricá (FLIM), que a cidade está construindo a sede da sua primeira unidade voltada exclusivamente para a terceira idade. O programa Escola Municipal para Idosos Milton Felipe Muniz, nome dado à unidade em homenagem ao pai do secretário de Políticas para a Terceira Idade, Ademilton Muniz, o Tatai, foi lançado no mês de agosto e já conta com 84 alunos, idosos, que se reúnem nos polos da Casa da Terceira Idade do Centro e de Itaipuaçu. Em breve, outro grupo terá acesso ao ensino em outro ponto de estudo.

A novidade foi anunciada pouco antes das apresentações do grupo de dança cigana (com a professora Cris Zaha) e dos corais da secretaria e da nova escola para idosos, que voltou a se apresentar nesta terça-feira (26/09). De acordo com a gerente de Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Educação, Adriana Ribeiro, a escola é parte de um grande projeto voltado para este público.

“Neste momento estamos adequando a grade curricular para que o foco se concentre, inicialmente, nas disciplinas básicas, como português e matemática. Aos poucos, de acordo com o rendimento, iremos expandir essa quantidade de disciplinas. Em breve teremos mais novidades para eles”, garante Adriana, ao lembrar que são hoje 47 estudantes no polo do Centro e outros 37 em Itaipuaçu.

A diretora da unidade, Camilla Fernandez, disse que o público-alvo são pessoas que estão há mais de 20 anos fora das salas de aula, e que uma das metas será trabalhar a autonomia desses idosos.

“O que a gente mais ouve deles é que tiveram de deixar os estudos por razões familiares ou pelo trabalho, além de não se sentirem confortáveis em turmas de EJA onde tem gente mais nova e até adolescentes. Então estamos com turmas dentro da mesma faixa etária e queremos reinseri-las no ambiente escolar. Uma coisa muito boa é que eles têm um olhar diferenciado sobre os estudos e muita vontade de melhorar”, revela a diretora.

Um deles é a dona de casa Olga da Silva Maia, que aos 78 anos tem a oportunidade de ‘estudar de verdade’, como ela mesma diz, e ela quer ir longe. “Nunca tive liberdade para estudar. Primeiro porque minha não permitiu e, depois, meu marido também não. Quando eu queria estudar não me deram chance, e aprendi a ler por esforço próprio, e ainda assim de forma muito básica. Agora já estou treinando a leitura e melhorando a cada dia. Quem sabe não chegou a uma faculdade de Direito ou Psicologia”, projeta a moradora do Flamengo.

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