Maricá: Lagoas continuam impróprias para o banho, despejo de esgoto é o maior vilão
Mesmo com tanto investimento em bioinsumos por parte da Companhia de Desenvolvimento de Maricá, a CODEMAR, parece que os efeitos são lentos e é como enxugar gelo, já que os microorganismos que limpam a água se deparam com o esgoto sendo despejado constantemente nos rios e canais que desaguam nas lagoas de Maricá.
O último relatório de balneabilidade de praias emitido pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) mostra que o ponto de coleta na Orla de Araçatiba, na Lagoa de Maricá, apresenta balneabilidade imprópria em todas as coletas feitas durante 2023.
Mesmo com caminhões contratados pela SANEMAR para retirar o esgoto das galerias de águas pluviais diariamente, a Orla de Araçatiba sofre com o problema já que a Lagoa de Maricá, sendo a maior da cidade, recebe o despejamento de esgoto de diversos bairros que não possui coleta, como São José do Imbassaí, Parque Nanci, Itapeba, entre outros, além de ter canais e rios que passam por outros bairros, como o Rio Mumbuca e Rio Ludgero, que corta diversos bairros e desagua na Lagoa de Maricá.
Em 2023, a SANEMAR iniciou obras em bairros como Jardim Atlântico; Recanto; Ponta Negra e Manu Manuela com o objetivo de ampliar a cobertura de coleta de esgoto na cidade, que antes era de menos de 5% das residências e passará a ser de 30%, com previsão de mais ampliações para os próximos anos. Outro desafio, além de ampliar a rede de esgoto, é coibir as ligações clandestinas, principalmente em estabelecimentos comerciais, já que esse esgoto acaba sendo despejado nos rios e canais que deságuam nas lagoas da cidade.
Lembrando que o esgoto é um problema para além da questão estética ou do lazer dos moradores e visitantes, mas sim uma questão de saúde pública. Lembrando que grande parte do pescado vendido na cidade é proveniente das Lagoas de Maricá.
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