Maricá: Banhistas devem ter cuidados com água-viva e outros animais que podem causar queimaduras
Há relatos de aparecimento de caravelas-portuguesas em Ponta Negra, Barra de Maricá e Itaipuaçu
Banhistas que frequentam o litoral de Maricá terão mais um fator para ficarem atentos neste fim de semana. No verão, estação mais quente do ano, as águas-viva costumam aparecer no litoral, causando risco de provocar queimaduras em desavisados.
Outro animal marinho, vez ou outra confundido com água-vida, é a caravela-portuguesa (Physalia physalis), que tem esse nome pela sua aparência. Na cidade, há relatos do aparecimento desses animais em Ponta Negra, Barra de Maricá e Itaipuaçu.
Apesar de serem frequentemente confundidas com águas-vivas, as caravelas-portuguesas não pertencem a essa categoria, sendo, na verdade, uma espécie de sifonóforos, criaturas pequenas e transparentes do mar aberto.
Compostas por uma colônia de organismos especializados, as caravelas-portuguesas exibem uma bolsa flutuante colorida, assemelhando-se a uma bexiga, e longos tentáculos equipados com células urticantes. Suas toxinas têm o potencial de causar irritações na pele e desencadear reações alérgicas.
Essas criaturas são encontradas em águas tropicais e subtropicais, sendo impulsionadas pelo vento e pelas correntes oceânicas, pois não possuem mecanismos de propulsão próprios. Devido à sua aparência exótica e ao fato de viverem na superfície da água, é comum que turistas, desavisados sobre a espécie, sintam atração para se aproximar ou até mesmo tocar no animal.
Cuidados
Os banhistas, principalmente as crianças, devem tomar muito cuidado e jamais pegar esses animais, mesmo que pareçam estar mortos e na areia. Mesmo após a morte desses seres, o contato com uma caravela-portuguesa pode resultar em lesões na pele e no sistema nervoso. Sua picada é extremamente dolorosa e pode causar desde coceira e vermelhidão até queimaduras graves de terceiro grau.
As crianças são especialmente vulneráveis, sendo as principais vítimas desses incidentes. O contato com as toxinas das caravelas-portuguesas na região torácica de crianças ou de indivíduos com problemas cardíacos pode desencadear arritmia cardíaca e, em casos mais graves, parada cardiorrespiratória, levando ao óbito