Maricá: Tempo seco aumenta casos de incêndios em vegetação
As principais causas são queima de pastos para limpeza de áreas, guimbas de cigarro, fogueiras em acampamentos e incineração de lixo.
Um balanço divulgado na última quarta-feira (26/06) com dados da Secretaria de Proteção e Defesa Civil aponta que 853 casos de incêndios em vegetação ocorreram entre janeiro e junho de 2024, com a atuação rápida dos agentes da pasta e, também, do Grupamento Especial de Defesa Ambiental (Gedam) da Guarda Municipal para apagar essas chamas, além dos brigadistas do Corpo de Bombeiros Militares.
Dentre as principais causas para o início dos incêndios estão a queima de pastos para limpeza de áreas, descarte irregular de guimbas de cigarro, descuido com fogueiras em acampamentos e incineração de lixo. Em casos de pequenos focos, além do 193 (Corpo de Bombeiros), as equipes da Defesa Civil de Maricá podem ser acionadas pelo 199 ou pelos números (21) 2637-1999 e (21) 97000-5782, enquanto a Guarda Municipal pode ser contatada pelo telefone 153 ou pelo Disque Seop, pelo número (21) 96809-1516.
De acordo com o Setor de Meteorologia da Defesa Civil de Maricá, a cidade está passando por um período de estiagem, já que a última chuva registrada foi em 5 de junho. Durante este mês, um sistema de alta pressão atmosférica inibiu a formação de nuvens.
“Esse fenômeno permitiu a presença de uma massa de ar quente e seco na região. Por isso, frentes frias não conseguiam passar pela cidade, resultando em dias mais quentes e com baixa umidade relativa do ar”, explicou a meteorologista Nathália de Oliveira.
Na segunda-feira (24/06), as equipes atuaram no combate a dois focos de incêndio: em uma área ao lado do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara, em São José do Imbassaí, e no loteamento Amendoeiras, no mesmo bairro. Na primeira ocorrência, a atuação foi realizada pela Defesa Civil, enquanto no segundo momento os agentes do Gedam, que atuam em pequenos focos de queimadas, foram os responsáveis por combater as chamas.
Por conta do clima propício, o risco de propagação de fogo em vegetação é muito elevado e piora ainda mais quando a população inicia focos de incêndio, por meio da queima de resíduos sólidos (como o lixo doméstico, por exemplo). Importante frisar que provocar incêndio em mata ou floresta, bem como realizar queimadas em perímetro urbano, é classificado como crime ambiental.
As condições ambientais também contribuem para que novos incêndios aconteçam, como o ocorrido em uma área ao lado do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara em 24 de junho. Não houve qualquer intercorrência na unidade de saúde, que chegou a fornecer água para o combate às chamas.
“A gente vem sentindo cada vez mais as intempéries do clima, as mudanças climáticas. Por isso, qualquer tipo de fagulha, guimba de cigarro, faz propagar rapidamente uma chama. Nesse incêndio ao lado do hospital, muito provavelmente foi por queima de pasto, mas a maioria dos focos às margens das rodovias é por descarte de guimba de cigarro e algum outro tipo de centelha. Um gatilho para que esse fogo se propague”, relatou Igor Leonardo, chefe de equipe do Grupamento de Combate à Incêndios da Defesa Civil de Maricá.
Como evitar queimadas
A Defesa Civil de Maricá dá dicas para evitar incêndios – sobretudo nos dias de clima mais seco.
* Descarte guimbas de cigarros em locais adequados.
* Não queime entulho, lixo ou folhas secas, principalmente em locais próximos a áreas de vegetação. Aguarde o dia da coleta pública.
* O fogo não é um agente de limpeza ou opção para renovar a pastagem. Por isso, busque alternativas sustentáveis para esta ação.
* Mantenha sua propriedade sempre limpa, mesmo com pouca ou sem nenhuma vegetação.
* Não solte balões; além de perigoso, é crime.
* Atente-se a qualquer foco de incêndio e avise as autoridades competentes em caso de emergência.