A área destinada à construção dos Terminais Ponta Negra (TPN), conhecido popularmente como “Porto de Jaconé”, recebeu uma visita técnica com uma comitiva composta por representantes do Governo Federal, Prefeitura de Maricá e a empresa responsável pelo projeto. Durante a visita, foi realizado um sobrevoo para que os participantes pudessem avaliar a dimensão e o impacto da obra. Entre os presentes, estavam o ministro em exercício da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Olavo Noleto; o vice-prefeito de Maricá, João Maurício de Freitas; o presidente da Codemar, Hamilton Lacerda; e o diretor da DTA Engenharia Portuária e Ambiental, Rodrigo Ruic.
A área do empreendimento, situada no bairro Jardim Jaconé, será o local para a construção de uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE). A previsão é que as obras comecem dentro de 90 dias, com um investimento inicial de R$ 2,5 bilhões, parte de um total de R$ 12 bilhões em capital privado. O projeto, que ocupará 5,6 milhões de metros quadrados, prevê inicialmente a construção de três berços para operações Ship to Ship (STS), permitindo a transferência de petróleo e derivados diretamente entre navios.
O vice-prefeito João Maurício de Freitas destacou a relevância do empreendimento para o município, apontando a geração de empregos e o potencial de transformar Maricá em um polo estratégico de desenvolvimento. “Agora é a consolidação do projeto. O prefeito Quaquá já determinou que nos próximos 90 dias comecem as obras aqui do TPN. Essa obra vai gerar muito emprego. Maricá está em uma posição estratégica do mapa. Para além de gerar renda e emprego, eu tenho certeza de que muda a rota do desenvolvimento da nossa cidade”, afirmou.
O ministro Olavo Noleto reforçou a importância nacional do projeto, mencionando a possibilidade de inclusão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ele ressaltou o diferencial geográfico do local, com um calado natural de 25 metros de profundidade a apenas 500 metros da praia, alinhando a iniciativa às estratégias de infraestrutura e logística do setor de óleo e gás do país. “É uma área privilegiada no país para a construção desse tipo de porto. O local tem um calado natural de 25 metros de profundidade a apenas 500 metros da praia. A estratégia de Maricá de trazer o porto se soma a estratégia nacional de infraestrutura e logística de óleo e gás. Esperamos poder ajudar porque é um projeto estratégico e pode alavancar a economia local e nacional”, destacou.
A próxima etapa do projeto envolve uma reunião com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, para definir a estruturação do negócio. Hamilton Lacerda, presidente da Codemar, enfatizou o interesse da companhia em ser sócia do TPN, destacando o papel do município no desenvolvimento econômico futuro. “A ideia é uma atividade privada e que o município de Maricá seja sócio desse empreendimento através da Codemar, cumprindo seu papel de buscar o desenvolvimento econômico do mercado futuro. O importante é essa parceria que nasce consolidada, que o prefeito vem acompanhando de forma prioritária, pois entende que o projeto é, sem dúvida, a questão econômica mais importante para a cidade de Maricá, no presente e no futuro”
“Além da Codemar, a gente tem também conversas com outras empresas estrangeiras que vão fazer parte desse grupo e estamos muito alinhados com o cronograma que a gente está colocando nesse desafio para começar as obras o quanto antes”, disse o diretor da DTA, Rodrigo Ruic.
Além de impulsionar o setor naval e petrolífero, o Porto de Maricá prevê a criação de cerca de 13 mil empregos diretos e indiretos
