Thiago Pampolha (MDB) renunciou ao cargo de vice-governador do Rio de Janeiro após ser aprovado pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) como novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE). A votação contou com a presença de 69 deputados: 57 votaram a favor, cinco foram contra e sete se abstiveram. Apenas o deputado Renato Machado (PT) não participou da sessão. A nomeação será publicada em edição extraordinária do Diário Oficial, e a posse de Pampolha está marcada para esta quarta-feira.
Com sua saída, o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União), assume a posição de primeiro na linha sucessória do governador Cláudio Castro (PL). A mudança gerou especulações sobre uma possível candidatura de Bacellar ao governo do estado. Pampolha, no entanto, negou que sua indicação ao TCE tenha feito parte de um acordo político com esse objetivo. “Foi um convite do governador, que eu recebi com profundo orgulho. Não tive nem conversas desse nível com o presidente Bacellar”, afirmou.
Já Bacellar comentou sobre o desejo de ocupar uma vaga no tribunal: “Nunca escondi de ninguém que o propósito da minha vida era ser conselheiro do TCE. Está difícil te ver indo para um lugar que sempre sonhei”.
A sabatina de Pampolha na Comissão de Normas Internas e Proposições Externas da Alerj teve clima amistoso, com muitos elogios e discursos cordiais. A sala das comissões ficou cheia, com presença de parlamentares, membros do governo e jornalistas. Pampolha substituirá o conselheiro José Maurício Nolasco no TCE, onde o salário é de R$ 41,5 mil, respeitando o teto constitucional. A vaga é considerada por muitos políticos como uma espécie de “aposentadoria dos sonhos”.
A renúncia de Pampolha e a entrada de Bacellar na linha sucessória reacendem o debate sobre o cenário político para as eleições de 2026. Nos bastidores, a movimentação é vista por alguns como uma possível articulação para fortalecer o nome de Bacellar como candidato ao governo do estado.
