Maricá (RJ) ultrapassa R$ 1,6 bilhão recebidos de royalties de petróleo em 2025; valor pode chegar a R$ 4 bi

Maior recebedor de royalties de petróleo do Brasil, o município de Maricá ultrapassou os R$ 1,6 bilhão neste ano. Até o mês de maio de 2025 a cidade tinha recebido o montante de R$ 1.683.768.161,08 (Um bilhão, seiscentos e oitenta e três milhões, setecentos e sessenta e oito mil, cento e sessenta e um reais e oito centavos).
A expectativa da prefeitura é que, durante todo ano de 2025, a cidade receba o total de R$ 4.01 bilhões, sendo responsável por mais de 50% de todo o orçamento do município, algo que preocupa os órgãos de controle e fiscalização como o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ).
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Durante sessão na Câmara na última quarta-feira (21/05), o vereador Ricardinho Netuno (PL) chamou atenção para a forte dependência da Prefeitura de Maricá em relação aos royalties de petróleo, citando dados do Tribunal de Contas do Estado. Segundo ele, apenas 6,6% da receita corrente do município são provenientes de tributos próprios, como ISS, IPTU e ITBI. “Se os royalties acabarem amanhã, Maricá faliu, nada funciona”, afirmou o parlamentar, que classificou a situação como “muito preocupante”.
Projeção de recebimento dos royalties
De acordo com projeções da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a cidade de Maricá, na Região Metropolitana do Rio, deve receber uma soma superior a R$ 18,8 bilhões em receitas de royalties e participação especial até 2029.
Para os anos seguintes, mesmo com uma leve oscilação, a previsão mantém a cidade entre as que mais recebem recursos oriundos da exploração de petróleo no país.
Veja as estimativas por ano:
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2025: R$ 4,06 bilhões
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2026: R$ 3,63 bilhões
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2027: R$ 3,59 bilhões
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2028: R$ 3,78 bilhões
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2029: R$ 3,74 bilhões
Ao todo, o valor acumulado nos cinco anos chega a R$ 18.816.210.530,89.
Esses recursos têm papel central no orçamento municipal e sustentam uma série de programas sociais e obras de infraestrutura, além de alimentarem o Fundo Soberano de Maricá — uma espécie de poupança pública que já ultrapassa R$ 2 bilhões.