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“Produtos de Maricá” devem chegar a aeroportos de todo o Brasil, anuncia Quaquá

O prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), divulgou no último domingo (27/07), por meio de um vídeo publicado em suas redes sociais, novos planos para expandir a agroindústria local, em parceria com movimentos como o MST e produtores de agricultura familiar. Segundo ele, a cidade está prestes a viver uma “revolução agroalimentar”, com produção de itens como café, cacau, mel, macarrão e chocolate, com o selo da marca municipal AMAR — Alimentação de Maricá.

“Olha o café, feito em parceria com o MST no Espírito Santo. Em breve, será plantado aqui em Maricá. O macarrão é feito com aipim da agricultura familiar. O chocolate, por enquanto da Bahia, vai ser feito aqui também. Vamos fazer uma revolução agroalimentar em Maricá”, disse Quaquá.

A AMAR, empresa pública criada para desenvolver a cadeia alimentar local, já atua com produtos que misturam insumos de Maricá com parcerias externas, como o MST e produtores baianos e capixabas. A proposta é ampliar essa produção localmente, com incentivos a pequenos criadores e agricultores do município. “Você que tem seu terreninho, vem com a gente, procura a prefeitura, a Secretaria de Agricultura. Vamos fazer de Maricá uma grande economia voltada para o agro de alto valor agregado”, concluiu o prefeito.

Segundo Quaquá, a empresa pública AMAR está se preparando para abrir lojas em dez aeroportos brasileiros, o que ampliaria a visibilidade dos produtos feitos em Maricá. A iniciativa integra o plano do governo de transformar a cidade em uma referência nacional na produção de alimentos sustentáveis, usando recursos dos royalties do petróleo para fomentar a agroindústria.

Parceria com o MST e investimento com royalties

Em outubro do ano passado, Quaquá declarou que a cidade pretende se tornar uma potência da agroindústria brasileira com apoio do movimento, que atua na produção de alimentos orgânicos e na capacitação de pequenos agricultores. Ele defende a criação de um cinturão verde em Maricá com a participação do MST e cooperativas locais, fomentando desde o cultivo à industrialização de alimentos.

Em maio deste ano, uma reportagem do Maricá Info revelou que a Prefeitura de Maricá já gastou mais de R$ 100 mil em produtos da AMAR, como chocolates e materiais de consumo, usando recursos provenientes dos royalties do petróleo. Os produtos foram adquiridos com o objetivo de abastecer eventos públicos e campanhas institucionais, em uma tentativa de valorizar e divulgar a marca criada pela prefeitura.

Apesar do investimento, ainda há críticas à forma como os recursos estão sendo utilizados, especialmente diante da dependência da cidade em relação aos royalties — que representam mais de 70% da arrecadação municipal. Políticos da oposição também questionam a viabilidade econômica de transformar Maricá em um polo agroindustrial, apontando que parte dos insumos utilizados ainda vem de fora da cidade.

A Secretaria de Agricultura tem promovido iniciativas para estimular a produção de alimentos em pequenos lotes e terrenos urbanos, integrando hortas comunitárias, criação de pequenos animais e apoio técnico aos produtores. A proposta agora, segundo o prefeito, é intensificar esse processo, com foco na transformação dos produtos em itens de alto valor agregado, como chocolates finos, cafés especiais e derivados de mandioca.

A AMAR foi lançada com a proposta de criar uma cadeia de valor para os alimentos produzidos no município, agregando identidade local e sustentabilidade. Com a abertura de lojas nos aeroportos, a prefeitura pretende posicionar os produtos da cidade como referência nacional.

“AMAR, a empresa de alimentação de Maricá, em breve terá lojas em dez aeroportos do Brasil, levando nossos produtos pro Brasil e pro mundo”, afirmou Quaquá no vídeo.

A promessa, no entanto, vem acompanhada de desafios: além da viabilidade econômica, a cidade precisará desenvolver infraestrutura logística, ampliar a produção local e profissionalizar a cadeia produtiva para competir em escala nacional. Ainda assim, o projeto é visto como um dos pilares da nova fase da gestão petista em Maricá, com foco em diversificar a economia e reduzir a dependência do petróleo.

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