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Secretária de Saúde tranquiliza população de Maricá

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A secretária de Saúde de Maricá, Simone da Costa Silva, confirmou, nesta quarta-feira (19/04), o recebimento de mais 10 mil doses de vacina contra a febre amarela, além do lote de 10 mil já enviado pelo governo do estado assim que ficou decidida pela Prefeitura dar início à vacinação de bloqueio em alguns bairros da cidade. Com isso, Maricá já conta com um lote inicial de 20 mil doses para a realização do bloqueio. A medida, preventiva, integra o protocolo da Saúde e foi adotada em função do surgimento de uma suspeita de febre amarela, em um morador do bairro do Bananal, no distrito de Ponta Negra. Internado na UPA de Inoã, o homem, de 60 anos (cuja identidade não foi divulgada), foi transferido ainda na terça-feira (18/04) para o Instituto de Infectologia Evandro Chagas, na Fiocruz, mas acabou falecendo na madrugada de hoje.

Amostras de sangue colhidas antes da remoção estão sendo analisadas pelos laboratórios Lacen (do estado) e da própria Fiocruz – responsável pela testagem específica de febre amarela.
Segundo a secretária de Saúde, o importante nesse momento é que a população de Maricá fique tranquila quanto à atuação de todos os setores envolvidos. “Não é preciso haver alarde, nesse momento o mais importante é concentrar a ação de imunização nas áreas próximas ao bairro do Bananal, estabelecendo o bloqueio para que a febre amarela transmitida pelo vetor silvestre, não migre para o vetor urbano”, explicou. O cinturão de proteção compreende os bairros rurais do Espraiado, Jaconé, Ponta Negra, Bambuí, Bananal, Manoel Ribeiro, Marinelândia e Guaratiba. A secretária acrescentou que a febre amarela silvestre é transmitida por um mosquito que não circula em áreas urbanas – onde a doença não ocorre desde 1946 – nas quais o vetor é o conhecido Aedes Aegypti. “Os macacos encontrados mortos na mata próxima ao Bananal são bugios, uma espécie de movimentação mais lenta e, por isso, mais suscetível à infestação”, completou Simone, reiterando que não se pode afirmar ainda que os animais morreram vítimas da doença. “A análise demora em torno de quinze dias para ter o resultado”.

A ação de bloqueio foi montada em quatro postos fixos da região e dois postos volantes, que serão instalados em pontos estratégicos e poderão ser deslocados para ampliar a abrangência. “A maioria das pessoas que vive nesses locais se desloca muito pouco, então vamos levar até eles as vacinas para termos o maior grau de eficiência possível”, emendou a secretária, reiterando que o importante nesse momento é que se busque informação com quem efetivamente está lidando com a questão. “Estamos trabalhando o tempo todo junto com a secretaria estadual de Saúde e tomando todas as medidas adequadas”, garantiu Simone. “Além disso, várias áreas do governo também estão atuando juntas no sentido de informar e tranquilizar a população”, disse, em alusão ao comitê criado pelo prefeito Fabiano Horta. Uma das ações decididas pelo comitê já aconteceu nesta quarta-feira, quando todas as diretoras de unidades de ensino participaram de uma conversa com representantes da secretaria de Saúde para discutir aspectos da doença.

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